Fogo Cruzado
PT abre processo para analisar postura do vereador Fuca
Publicada em 27/03/2019
O diretório estadual do PT abriu um processo para avaliar a postura ética do vereador Rafael Rodrigues (Fuca), reeleito para o Legislativo bajeense, em 2016. A representação contra o parlamentar foi assinada por 27 filiados da sigla de oposição ao governo, que questionam o alinhamento do petista com o gestão municipal do PTB – conduta que seria exemplificada por votações na Câmara.
O presidente do partido em Bagé, Flávius Borba (Dajulia), destaca que a comissão de ética estadual analisou documentos com assinaturas de filiados pedindo a expulsão do vereador. O colegiado também ouviu Fuca, o líder da bancada na Câmara, vereador Lélio Lopes (Lelinho), representantes dos correligionários que pediram a expulsão, além de testemunhas a favor e contra o parlamentar.
Fuca nega a acusação, afirmando que apresenta justificativas em todas as votações em plenário. “Já deixei claro que estou sempre a favor da população. Prezo, primeiro, pela população. É assim que voto e já deixei isso claro. Comecei meu mandato assim e vou terminá-lo desta forma”, pontua.
O parlamentar alega, em contrapartida, que é alvo de perseguição. “Quando lancei minha pré-candidatura a deputado estadual, enfrentei resistência no diretório municipal. Sou um representante jovem, negro e da periferia, e não consegui ser candidato”, argumenta.
O vereador lamenta a abertura do processo, mencionando a saída de lideranças da legenda. “O diretório estadual está fazendo a sua parte. Eu respeito o processo, mas é uma decepção, sim. O PT deveria se preocupar com a perda de nomes importantes, como o do ex-prefeito Folador (de Candiota) e o do ex-prefeito Jairo Jorge (de Canoas). Estão conseguindo nos afastar do partido”, avalia.
A direção municipal do PT é enfática ao rebater à concepção de perseguição, defendendo a transparência do procedimento enfrentado por Fuca. Dajulia garante, inclusive, que o processo conduzido pela comissão de ética confere ‘total direito de defesa do vereador’. “Em nenhum momento está havendo perseguição ao Fuca”, reforça.
Procedimento
O processo aberto pelo PT é movido por uma representação. No caso de Fuca, o pedido foi assinado por 27 filiados. O procedimento envolve a oitiva do parlamentar e de testemunhas, que foram encerradas ontem.
O próximo passo consiste na elaboração, por parte da comissão, de um relatório com indicativo de arquivamento ou punição, que pode resultar na expulsão. Por fim, o diretório estadual vota o relatório (contra ou a favor). “Se for expulso, ainda pode recorrer à justiça”, afirma Dajulia.
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