Campo e Negócios
Estância de Bagé será visitada, hoje, por comitiva de nove países
Publicada em 02/04/2019
A Estância Santa Maria, localizada em Bagé, será uma das propriedades que serão apresentadas, nesta semana, para representantes de nove diferentes países, durante agenda que integra a quinta edição do Programa de Intercâmbio AgroBrazil, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Na Rainha da Fronteira, a recepção, seguida por visitação, ocorre hoje.
Tendo em vista que o objetivo é expor a realidade da produção agropecuária e as ações e técnicas que a tornaram um dos propulsores do mercado gaúcho, a expectativa é pelo reforço de algumas atividades de destaque da Santa Maria.
De acordo com o administrador e engenheiro-agrônomo Gedeão Avancini Pereira, a estância reúne uma vasta linha de trabalho. "Temos cerca de 10 mil cabeças de Hereford, 3,3 mil hectares de soja, 550 hectares de arroz e 700 hectares de azevém, além de florestamento – são 2,4 mil hectares de eucaliptos destinado para celulose", detalha, ao evidenciar a diversificação e o potencial existente.
Em geral, como antecipa o próprio Pereira, uma apresentação à comitiva deve nortear as atividades na parte da manhã, seguida de visitação direta em cada área produtiva à tarde. "Serão cerca de 18 a 20 pessoas", comenta. Além de Bagé, a Estância Guatambu, de Dom Pedrito, será outro local a ser visitado pela comitiva.
Ontem, a agenda esteve concentrada em Porto Alegre, durante reunião na sede da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). Participaram do encontro representantes da Austrália, Burkina Faso, Chile, China, Egito, França, Irã, Japão e Singapura. A visita começou com uma apresentação do economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, sobre a contribuição do agronegócio à economia brasileira, em especial à gaúcha. Ele reiterou a contribuição da produção brasileira ao comércio mundial de alimentos.
O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, destaca que a proposta é mostrar ao grupo a diversidade da produção gaúcha e as potencialidades de investimentos. "Temos visitantes com possibilidades muito diversas em termos de desenvolvimento e perfil. Estamos recebendo parceiros comerciais importantes, como a China, que demostra interesse em investir em infraestrutura, importadores como Egito e Irã, e outros que têm um potencial de receber nossos produtos, como Austrália, Singapura e Japão", sustenta.
De acordo com a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, o programa visa aproximar as expectativas de quem compra e de quem produz. "O Brasil é muito grande e diverso e precisamos aprender a trabalhar estas diferenças a nosso favor. Existem vários modelos produtivos que atendem a todo tipo de demanda. Em determinados produtos, temos muita qualidade e já somos o estado da arte. O Rio Grande do Sul tem um grande potencial. Precisamos valorizar mais a genética bovina, os lácteos, a produção de frutas e o arroz. O Brasil, cada vez mais, se abre ao comércio, e isso significa entrada de novos produtos, por isso é muito importante estar mais perto dos nossos compradores", avalia.
O representante da delegação chinesa, Changqing Bai, país que é um dos principais parceiros comerciais do Brasil, relata que pontos que são obstáculos para o Brasil, como a infraestrutura, representam potencial para a China, que possui o capital e a expertise para investir neste tipo de empreendimento. Quanto à agricultura, ele revela que há grande potencial no mercado de frutas, abrindo uma nova frente no comércio entre os dois países.
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