ELLAS
Ellas fazem com amor
Mais uma oportunidade de apresentar as diversas faces do amor. Você já parou para pensar quantas vezes ouvimos histórias pessoais, ou que admiramos alguém pela forma como fala, age, trata outras pessoas, ou ainda por atitudes naturais que tem? Tenho certeza que inúmeras. Este é o meu papel aqui. Destacar pessoas que são admiráveis por variáveis motivos. A protagonista desta edição é Solange Strada, e logo na sequência você entenderá a minha escolha.
O AMOR EM SERVIR
Aos 51 anos, Solange Strada, natural de Alpestre, é exemplo de vida. Professora por vocação, pedagoga com pós-graduação em psicopedagogia e jornalista diplomada. Ela se denomina filha da Urcamp, porque todas suas formações foram feitas nessa instituição de ensino. Concursada desde 1995, conta que no ano seguinte, passou a integrar o quadro de professores da Escola Estadual de Educação Básica Professor Justino Costa Quintana. Nesta trajetória, teve presença ativa em salas de aulas, assim como na orientação educacional e na vice-direção. Com isso, podemos perceber o nível de comprometimento dessa profissional. Porém as ações de Solange não param por aí. Para ela não existe tempo ruim, pois arregaça as mangas e vai a campo. Para quem chega no Justino, é bem possível que seja recebido por ela no portão da entrada, assim como nos intervalos. É a Solange que as crianças e jovens veem pelo pátio controlando e zelando pelo bem-estar de todos. É através de um “Tchau bonita!”, que os pequenos vão embora ao cruzar o portão da saída.
Valorização da categoria
Ela sonha com o real reconhecimento da categoria e a valorização. “Eu sempre digo para os alunos que sou professora por opção, por amor. Amo essa escola e busco sempre o melhor para todos. A gente se apega!”, enfatiza. Ela fala da importância do papel dos mestres, uma vez que, são exemplos, referências a pessoas em formação. “A gente tem que ter sempre a dosagem certa, na hora de cobrar, de dar carinho. A mesma mão que puxa o freio tem que ser a que se estende e compreende, tem que ser doce e ao mesmo tempo precisa”, completa.
Fé e otimismo
Solange revela que aos 22 anos foi diagnosticada com tumor no intestino e, desde então, soube que isso não permitiria que tivesse filhos. Porém essa questão entre ela e seu marido, Marcos, já está bem definida. Alguns anos depois, nos auge dos 40 anos, novamente o câncer retornou e mais uma vez foi testada, pois ela acredita que em caso de doenças, 50% da cura está na cabeça e na forma em que se encara. “Nos dois momentos eu tinha convicção que seria curada. Sempre tive fé e otimismo”, exterioriza.
Ela é o tipo de pessoa que sempre anima quem está por perto, seja com o sorriso ou com palavras de positividade.
Futuro
Só se percebe um pouco da sua fragilidade quando conta que, em 2020, deverá se aposentar e para isso precisará fazer uma preparação para encarar esse novo momento da vida. Mas, obviamente, ela possui alguns planos. Entre eles, se dedicar mais no seu hobby preferido: a fotografia. Evidencia que essa paixão se intensificou com o advento dos celulares com câmeras e a facilidade de compartilhar nas redes sociais. Seus cliques preferidos são de paisagens que se salientam aos olhos e que toquem seu coração. Outra forma será fazendo as sonhadas viagens acompanhada do seu marido, com quem divide várias recordações prazerosas de lugares inesquecíveis. Ou seja, a lista de destinos deve aumentar em breve!