Cidade
Obra da fábrica de glóbulos inertes se aproxima da conclusão
A reforma do prédio que irá abrigar a fábrica de glóbulos inertes (bolinhas de açúcar que são utilizadas para remédios homeopáticos e também para confeitos), do Uruguai, em Bagé, está sendo concluída. A obra iniciou em abril do ano passado, em um imóvel situado na avenida Santa Tecla (aos fundos da Casa do Produtor), cedido pela prefeitura. O espaço foi todo remodelado, dentro das normas e o projeto teve que passar por várias mudanças. O prédio conta com depósitos, cozinha, repartição para o maquinário, embalagens, laboratórios e escritórios.
Ontem, pela manhã, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Bayard Pascoa Pereira, visitou o empreendimento e foi recebido pelos sócios Álvaro Molinari e Juan Gregorini. Os empresários mostraram as melhorias que já foram feitas no prédio e solicitaram agilidade na liberação das licenças sanitárias que estão tramitando desde 2017.
Bayard salientou que a prefeitura está empenhada em garantir celeridade, visto que a empresa tem um significado emblemático para o poder público. “Temos como meta promover a indústria. A empresa vai desenvolver a atividade em Bagé e irá abrir novos mercados, além de geração de emprego”, disse.
Conforme Gregorini, a empresa atua no Uruguai e Argentina e está abrindo novos mercados para o Paraguai, Bolívia, Chile. Para tanto, tem o objetivo de expandir para a Europa. “Queremos fabricar aqui e exportar para os demais países. Nossa meta é iniciar com 20 mil quilos e aumentar gradativamente para 100 mil quilos mensais”, comenta.
Molinari, que também é administrador do empreendimento, salienta que o registro deve ser liberado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) e a parte do depósito é liberado pela Vigilância Sanitária Municipal e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que emite a Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE). O administrador afirma que equipamento para a produção já foi adquirido, da China, e aguarda apenas a liberação para ser implantado no local.
No Brasil, a empresa, que atua há mais de 100 anos no Uruguai com a fabricação de doces e balas, irá se chamar Jeito Ltda. Fábrica de Produtos derivados do Açúcar. A ideia de fabricar glóbulos começou há cerca de oito anos, após um estudo de mercado. Conforme Molinari, o mercado uruguaio consome 500 quilos ao mês, enquanto no Argentino são 30 mil por mês. A expectativa, para o Brasil, é de 90 mil por mês.