Cidade
Encontro de carros antigos reúne centenas de veículos no largo do Centro Administrativo
A sexta edição do Encontro Internacional de Carros Antigos reuniu centenas veículos no largo do Centro Administrativo de Bagé, no final de semana. Os veículos chamaram atenção dos visitantes pelo nível de conservação. Modelos Ford, das décadas de 1920 e 1930, foram os mais procurados para as fotos. Os Fuscas, Dodges, Jeeps e veículos do Exército também foram apreciados. O encontro é organizado pelo grupo Clássicos Bagé, junto à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. Participaram colecionadores do Brasil, Uruguai e Argentina.
Conforme o presidente do grupo Clássicos Bagé, Marco Aurélio Dutra, o evento, a cada ano, melhora e traz mais visitantes. Na última edição, segundo Dutra, foram cerca de 240 carros. Agora, o encontro ultrapassou os 300. Ele disse que, além de movimentar a economia, o evento reúne amigos.
O secretário Bayard Paschoa Pereira salienta que o encontro fomenta o comércio local, ajudando no desenvolvimento econômico da cidade, pois atrai participantes de vários lugares. “Reunimos beer e food trucks, gerando oportunidades para todos os seguimentos”, comenta.
Joias bajeenses
O Ford Modelo T de 1926, fabricado nos Estados Unidos, que pertence à coleção de César Macedo Escobar, foi um dos mais procurados pelos visitantes. O veículo faz parte de uma coleção de 10 carros, todos da mesma época, que contam com a manutenção e cuidados do também colecionador Hamilton Babot.
Babot atuou como sargento mecânico, quando serviu ao Exército, e tem em seu acervo um Ford de 1929. Ele conta que tem o veículo há 20 anos e levou três anos para reformá-lo. “As peças são caras e a maioria importada”, disse.
Flávio Bidone também tem o maior apreço pelo clássico Ford Roadster de 1929. Ele relata que quando comprou o veículo era uma sucata. “Levei 15 anos restaurando e ganhei muitas peças originais”, informa.
Orgulho particular
Cada colecionador tem mais orgulho de seu veículo do que o outro e faz questão de contar a história de cada peça adquirida. Arlei Saraçol é um deles. Ele tem um Jeep Willys de 1968, que conta com vários acessórios, como o farol Black Out de aproximação, galão de combustível da cavalaria americana e sirene. Saraçol ganhou, recentemente, a bandeira da cavalaria mecanizada, que está fixada no veículo. “As peças de Jeep podem ser adquiridas em São Paulo e Paraná”, comenta.
Olhar estrangeiro
O grupo uruguaio Fierros Viejos Motor Club também participou do encontro com cinco veículos. Conforme o presidente da entidade, Pablo Jackson, que veio de Melo, com seu fusca 1975, os uruguaios defendem muito os carros feitos no Brasil, prova disso que ganhou o carro de um brasileiro. “Tenho ele há dois anos e já faz parte da família”, conta.
Nesta edição, a iniciativa contou com antigas viaturas militares do acervo da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (3ª Bda C Mec).