Campo e Negócios
Instalada a Frente Parlamentar em Defesa do Livre Mercado
Foi instalada, na manhã de ontem, na Assembleia Legislativa, a Frente Parlamentar em Defesa do Livre Mercado. O ato foi realizado no Espaço Convergência e contou com a presença de cerca de 40 pessoas, entre políticos e convidados. Proposta pelo deputado estadual Fábio Ostermann (Novo), a frente terá a missão de mobilizar a sociedade para a importância da livre iniciativa e promover debates acerca da necessidade de limitar a excessiva intervenção do Estado na economia.
"O enfoque desta frente parlamentar é desenvolver estudos, análises e eventos para que possamos aprofundar a compreensão a respeito das possibilidades do livre mercado e da necessidade de termos um debate mais amplo sobre o seu alcance no Rio Grande do Sul", explicou Ostermann.
No seu pronunciamento, o líder da bancada do Partido Novo na Assembleia Legislativa recordou o contexto histórico gaúcho para alertar a importância de também promover a liberdade no meio político. "O Rio Grande do Sul, seguramente, é um dos exemplos mais bem acabados de um Estado impactado pela mentalidade dirigista. Fomos um dos primeiros estados a instaurar uma ditadura na prática, aos moldes positivistas de Júlio de Castilhos. Uma figura que é lamentavelmente homenageada por diversos ambientes desta Casa. Uma das figuras que desrespeitou este Parlamento", mencionou.
A Frente Gaúcha foi inspirada em iniciativa semelhante no Congresso Nacional, proposta pelo deputado federal Marcel Van Hatten (Novo). O congressista prestigiou o encontro e afirmou que o momento é o ideal para debater a importância do livre mercado. "Estamos em profunda transformação", comentou. Conforme Van Hatten, o livre mercado não contava com nenhum grupo específico que atue em seu favor. "A defesa do livre mercado é uma defesa que todos nós precisamos fazer. Todas as corporações têm grupos de interesse que atuam em seu favor, mas a maioria dos cidadãos não tem representação em pequenos grupos e fica desatendida. Não tem nada mais popular e democrático do que o livre mercado, que é a condição que o cidadão tem de optar por melhores produtos e melhores preços", defendeu.