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Mostra no Museu da Gravura Brasileira expõe obras de Carlos Scliar e trabalhos de gravuristas contemporâneos
O Museu da Gravura Brasileira realizará, hoje, às 18h, a abertura da exposição Scliar e Gravuristas Contemporâneos, que permanecerá no local até o dia 30 de maio. A mostra, composta completamente por peças do acervo local, une trabalhos do gravurista Carlos Scliar, um dos expoentes do Grupo de Bagé, junto a obras de artistas contemporâneos que dialogam entre si.
As gestoras dos museus mantidos pela Fundação Attila Taborda (Fat/Urcamp), Carmen Barros (Lula) e Maria Luíza Pêgas (Lala), contam que o conjunto de gravuras contemporâneas faz parte da coleção doada à entidade pelo Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs). Desta coleção, serão expostas obras de Cristina Parisi, Herton Roitmann, Jussara Age, Lygia Eluf, Lyria Palombini, Rosali Plentz, Selma Daffré e Silvio Oppenheim.
As gestoras salientam que, a partir de exposições como esta, o Museu realiza seu trabalho em divulgar a produção artística do país, contribuindo com a formação do olhar, estimulo da criatividade e resgate de valores artísticos regionais e nacionais.
A mostra estará aberta para visitação durante o horário de atendimento do Museu, de terça à sexta-feira, das 14 às 19h. Além disso, também será oferecida, com agendamento, exibição do longa-metragem "Grupo de Bagé", documentário dirigido pelo cineasta bajeense Zeca Brito, que narra a história e o legado do movimento artístico surgido nos anos 1940.
O artista
Pintor, gravurista, desenhista, ilustrador, cenógrafo, roteirista e designer gráfico, Carlos Scliar nasceu em Santa Maria, em 21 de junho de 1920. Junto a Tarcísio Taborda, foi um dos principais idealizadores do Museu da Gravura Brasileira, que abriu as portas, pela primeira vez, no dia 21 de outubro de 1977.
Na década de 1940, se juntou ao Clube da Gravura de Bagé, constituído por poetas, músicos e escritores que buscavam uma espécie de atualização da arte gaúcha, tendo como estímulo a obra poética de Pedro Wayne.
Mais tarde, o clube também passaria a ser conhecido como "Grupo de Bagé", do qual Scliar se destacaria como um dos principais nomes junto a Glauco Rodrigues, Glênio Bianchetti e Danúbio Gonçalves.
Scliar morreu aos 80 anos, em 28 de abril 2001, na cidade do Rio de Janeiro. Cremado ao morrer, suas cinzas foram lançadas no Canal do Itajuru, em Cabo Frio.