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Os 23 anos de Aceguá por quem vive na cidade

Publicada em 15/04/2019
Os 23 anos de Aceguá por quem vive na cidade | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

O aniversário de 23 anos de emancipação de Aceguá - que ocorre amanhã - foi celebrado, no final de semana, com festa no local que melhor simboliza a cidade fronteiriça: o Canteiro Central, ou, como é mais conhecido, Canteiro Internacional. Durante a tarde de domingo, centenas de moradores participaram das atividades programadas pelo poder público para comemorar. Enquanto isto, em outras áreas da cidade, moradores cobravam melhorias para que realmente possam comemorar.
Nascido e criado na cidade aniversariante, o comerciante Fernando Saraiva, 49 anos, acredita que tem mais motivos para reivindicar do que para celebrar. Ele afirma que notou melhorias desde que a cidade se tornou independente do município de Bagé, como maior investimento em questões estruturais, mas acredita não ter sido suficiente. Ruas sem pavimentação, sem esgotamento sanitário e falta de opções de lazer e ausência de investimento em esporte foram algumas das questões citadas por ele.
"Melhorou muito em relação ao que era quando dependíamos exclusivamente de Bagé, mas ainda tem muita coisa para ser melhorada. Espero que arrumem as ruas da sede, pois um município que vive do turismo de compras tem que apresentar uma infraestrutura melhor que esta", destaca.
Um projeto indicado por ele como positivo ao panorama atual é a parceria binacional entre as prefeituras, do lado uruguaio e brasileiro, que prevê retomar o Canteiro Internacional como um espaço de convivência entre os fronteiriços com maior usabilidade, garantindo um espaço de lazer para a população.  Outro ponto apontado por ele é um olhar mais atento à cultura e tradição gaúcha com a construção do Centro Cultural Tradicionalista. "Vem muita gente de fora comprar nos freeshops e eles têm curiosidade sobre a nossa cultura. Este centro é o espaço ideal para apresentar isso. Temos que ter mais atrativos para mostrar para os turistas", diz.
Contudo, o próprio trajeto dos turistas até o centro pode se tornar outro desafio. "Outra coisa que falta aqui: as ruas não têm placas de identificação para as pessoas encontrarem os endereços", comenta.
O olhar que Cláudia Figueirola Morales lança sobre a cidade é um pouco mais recente. Apesar de ter nascido dentro dos limites do município, há 46 anos, sempre viveu na zona rural e apenas recentemente mudou-se para a sede de Aceguá. Para ela, o principal presente de aniversário para os moradores da cidade seria a melhoria e qualificação dos serviços de saúde. "Temos um postinho, mas o médico não faz plantão. Quando precisamos de atendimento aos finais de semana, por exemplo, temos que ir até o hospital da Colônia Nova ou até Bagé", conta. Além disso, ela aponta que em uma cidade voltada ao comércio, a ausência de uma farmácia 24 horas é sentida pelos moradores.
A fragilidade dos atendimentos em saúde também foi citada por Vera Lúcia Ferreira Silveira como uma das questões que merecem atenção do poder público. Uruguaia de nascimento, Vera Lúcia mora em Aceguá há cerca de 20 anos e recorda o choque que sentiu ao mudar para o lado brasileiro. Em uma ocasião, já morando no lado brasileiro, precisou recorrer ao serviço de saúde uruguaio em uma situação de emergência. "Minha filha pequena estava engasgada com uma bala e tive que procurar ajuda no Uruguai porque no Brasil não tinha médico. Eles atenderam ela na hora, nem perguntaram se ela era brasileira ou uruguaia", recorda.
Essa camaradagem é um dos pontos positivos ressaltados por Giselda Pires de Moraes. Aos 53 anos, sempre morou na cidade, antes e após a emancipação. "Essa boa vontade do lado uruguaio muitas vezes é a nossa saída. O lado de lá evoluiu e nós seguimos na mesma", ressalta.
Para ela, a falta de empregos na cidade é um dos principais problemas que os aceguaenses enfrentam. Sem indústrias ou empresas voltadas ao setor primário, o maior número de postos de emprego está no segmento de comércio e serviços. Mas quem não consegue uma colocação na área, busca sustento na informalidade. "Não temos trabalho e também é muito difícil estudar e buscar qualificação porque aqui não tem. Qualquer curso que precisamos fazer, temos que ir até Bagé", diz.
O bajeense Carlos Paz, mais conhecido pela alcunha de La Paz, chama a atenção para a falta de uma unidade do Corpo de Bombeiros. "Dependemos de Bagé, mas até que uma equipe chegue até aqui, já queimou tudo. Dia desses, uma casa queimou inteirinha e quando os bombeiros chegaram não tinha mais o que fazer. A família ficou sem casa e está morando de favor com a família agora", conta.

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