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Peixarias estimam aumento de vendas este ano
A Sexta-Feira Santa é a principal data de venda do ano para os setor de pescados. A procura pelos peixes praticamente quadruplica nesta época do ano e as peixarias, também as de Bagé, se preparam com antecedência para a data. O cardápio à base de peixes, nesta época, já é uma tradição em muitas mesas de famílias, até mesmo naquelas em que não professam o cristianismo.
A Quaresma iniciou no dia 6 de março e, desde então, muitos católicos mantêm a tradição de não consumir carne nas quartas e nas sextas-feiras nesse período. Quem trabalha com pescados já notou o aumento na procura. Entretanto, a demanda deve ser ainda maior esta semana.
A família de Vinícius Zafalon está no ramo há mais de quatro décadas. Ele é proprietário de uma peixaria, enquanto a mãe, Clades Zafalon, cuida de outra. O empresário conta que a expectativa, para 2019, é ultrapassar as vendas dos três últimos anos, que, conforme ele, foram muito baixas. "Acredito que vai faltar peixe", destaca, em contrapartida.
O empresário ressalta que o movimento está intenso desde a última semana e a estimativa, entre as duas peixarias, é vender em torno de cinco toneladas de pescado. "Os peixes se mantiveram na mesma média de preço do ano passado. Alguns tiveram o aumento de R$ 1 por quilo, mas outros até baixaram o valor", comenta.
Na peixaria atendida por Clades, desde o início deste mês, já houve um aumento da demanda. Ela ressalta que, além dos filés prontos, a empresa conta com peixes inteiros para assar, camarão e bacalhau, que é um dos pescados mais procurados nesta época. "Comercializamos peixes de água salgada e de rio. A traíra e o salmão são espécies bem procuradas nesta época", conta.
Conforme o proprietário de outra peixaria em Bagé, que está há três anos no mercado, Alessandro de Quadros, a empresa iniciou as compras logo após o Carnaval, para garantir preço. Segundo ele, o bacalhau é o peixe mais procurado esta semana. "Estamos com os valores praticamente iguais aos do ano passado. Alguns produtos tiveram pequeno aumento de, no máximo, R$ 3 por quilo", informa.
Quadros salienta que, no ano passado, comercializou em torno de duas toneladas e, mesmo assim, para este ano, estima dobrar as vendas.
A média de preços no comércio bajeense varia de R$ 14,90 ao quilo de peixe inteiro até R$ 120 pelo bacalhau norueguês. Outra alternativa é a compra de postas inteiras, com valores variando entre R$ 27 e R$ 32,50 - no caso, da traíra.