ELLAS
Buenos Aires: la ciudad mágica
Por Marcelo Rodriguez
Acadêmico do curso de jornalismo da Urcamp
Há quem a chame de “Paris da América do Sul”. Talvez pela nostalgia que se respira por lá ou pela sua importância histórica, arquitetônica e cultural. A capital da vizinha Argentina é, sem sombra de dúvidas, uma das mais importantes cidades do continente. Pela sua proximidade, ela também é, na grande maioria dos casos, o primeiro destino internacional dos brasileiros. Hoje, vamos conhecer um pouco mais sobre a Cidade Autônoma de Buenos Aires, um lugar mágico que está a apenas 790 km, ou 850 km, de Bagé, dependendo do meio de transporte.
Buenos Aires é uma cidade onde a história e a vanguarda andam juntas. Em cada esquina, a cidade que nunca dorme mostra as tradições herdadas de diferentes culturas. Baires, como também é conhecida, é daqueles lugares para se descobrir caminhando. Dependendo do tempo que você tiver, o melhor é escolher pontos-chave, mas prepare-se para uma decisão complicada, porque são muitas as atrações turísticas. Nesta oportunidade, vou apresentar um pequeno roteiro para conhecer a cidade em 48 horas ou em um fim de semana.
O primeiro dia
Começamos por um dos lugares mais famosos de Buenos Aires. O Obelisco está no cruzamento de duas avenidas que são símbolos da cidade: as avenidas 9 de Julio, a mais larga do mundo, e Corrientes, famosa por seus teatros e vida noturna. Pertinho dali, está o edifício do Ministério de Desenvolvimento Social, que possui um mural dedicado a Evita Perón na fachada.
A um quarteirão de distância, chegamos ao Teatro Colón, um dos teatros líricos mais importantes do mundo. Naquela mesma região, no calçadão da “Calle Florida”, você vai encontrar todo tipo de lojas, centros comerciais e galerias históricas. Finalize a manhã na “Plaza de Mayo”, cenário de múltiplos episódios históricos e políticos da Argentina.
Almoce em “Puerto Madero”, onde convivem edifícios modernos e escritórios de luxo com a história do antigo porto de Buenos Aires. Comece a tarde conhecendo o famoso bairro “La Boca”, com a rua museu “Caminito”, um calçadão conhecido pelas suas cores. Conheça por lá, a Usina da Arte, um centro cultural remodelado nos últimos anos, com características de castelo europeu.
Continuando ao sul da cidade, San Telmo também nos leva às origens de Buenos Aires. Visite o Museu Histórico Nacional, no Parque Lezama. Para descansar depois de uma caminhada, a “Plaza Dorrego” é uma ótima opção. À noite, voltando à zona cêntrica, a Avenida Corrientes é um ponto atraente por duas características: as pizzarias e os teatros.
O segundo dia
A opção perfeita para começar o segundo dia é tomando um café com “medialunas” em algum bar do bairro Recoleta, perto da “Plaza Francia”. No mesmo bairro, encontramos o “Cementerio de la Recoleta”, uma das necrópoles mais famosas do mundo. É conhecido pelos seus mausoléus e pela história dos que ali estão enterrados. O mausoléu de Evita Perón é o mais visitado.
Em uma zona aristocrática da cidade, a avenida Alvear possui algumas das mansões mais valiosas de Buenos Aires, que relembram a Paris do fim do século XIX. Entre as lojas de luxo aparecem alguns palácios com diferentes usos nos dias atuais. A poucos quarteirões há, também, muitos museus para visitar: arte decorativa, latino-americana, colonial, de esculturas, entre outros.
Um pouco mais distante, na avenida Santa Fé, encontramos “El Ateneo Grand Splendid”, a imensa representante de uma rede de livrarias. Sua arquitetura simula o Teatro da Ópera de Paris. É possível passar longas horas lendo, tomando um café e passeando pelos diferentes setores. Se quiser aproveitar para fazer compras, na região, há inúmeras lojas de roupas, sapatos e outros produtos.
Aproveite o fim de tarde para conhecer “Palermo Viejo”, com lojas de design, restaurantes gourmets, bares de vanguarda. Por fim, viva uma noite com dois clássicos “porteños”. Experimente o “asado de tira” ou o “bife de chorizo”, acompanhado de uma “provoleta” em alguma “parrillada”. Termine o dia com espírito tangueiro. Um dos lugares mais conhecidos é “La Viruta”, onde há, até, aulas de dança.