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Cidade

Bagé perde Danúbio Gonçalves

Publicada em 22/04/2019
Bagé perde Danúbio Gonçalves | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Artista concedeu entrevista ao Jornal MINUANO em 2015

O artista plástico bajeense Danúbio Villamil Gonçalves morreu, ontem, em Porto Alegre, aos 94 anos. A filha do artista, Sandra Gonçalves, informou à GaúchaZH que ele morreu de causas naturais. O prefeito de Bagé, Divaldo Lara, do PTB, decretou luto de três dias.
Trineto do general Bento Gonçalves, um dos líderes da Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul, Danúbio foi pintor, gravador, desenhista e professor. Em entrevista concedida à jornalista Fernanda Couto, publicada pelo Jornal MINUANO, em setembro de 2015, Danúbio destacou que suas obras eram inspiradas na vida. Ele também recordou ter estudado com grandes nomes da arte brasileira, frequentando o ateliê de Cândido Portinari, com Iberê Camargo. Seus primeiros desenhos foram elaborados quando ele tinha três anos de idade.
Danúbio nasceu em Bagé, em 30 de janeiro de 1925. Saiu da Rainha da Fronteira aos 10 anos, quando foi morar no Rio de Janeiro. Aos 24 anos, foi morar em Paris, na França. Lá estudou durante dois anos. Durante sua vida, andou pelo mundo, como gostava de relembrar. Quando retornou ao Brasil, na década de 1950, formou, junto com os amigos Glauco Rodrigues, Glênio Bianchetti e Carlos Scliar, o Clube de Gravura. O quarteto passou a ser chamado de “O grupo de Bagé”. “Éramos muito amigos. Foi uma época muito boa da vida”, disse, em entrevista ao MINUANO.
O artista também se dedicou à docência. Foi professor no Ateliê Livre, da Prefeitura de Porto Alegre, durante 15 anos, assim como professor de gravura na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A casa onde morou, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre (antes de mudar para uma clínica geriátrica, onde morreu, ontem), revelou, na entrevista ao MINUANO, em 2015, que pretendia transformar em uma fundação com seu nome. Os móveis e paredes do imóvel eram todos personalizados pelo artista.
Seus quadros estavam expostos em diversos lugares ícones da cultura brasileira, como no Museu da Gravura, em Bagé; Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs); Museu de Arte Moderna de São Paulo; Pinacoteca Aplub (Porto Alegre); Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro; Pinacoteca do Estado de São Paulo; e no Museu de Arte Contemporânea da USP; assim como em espaços públicos, por exemplo, em frente ao Mercado Público de Porto Alegre, onde há o painel Epopeia Riograndense, Missioneira e Farroupilha. Entre suas principais características, que se refletem nos trabalhos realizados, estão a defesa da arte regional e a retratação de questões sociais.
O prefeito de Bagé lamentou a morte de Danúbio, por meio de nota. Também por nota oficial, divulgada no final da tarde de ontem, a secretária estadual da Cultura, Beatriz Araujo, lamentou a morte do artista. “Penso que a trajetória do artista, do professor, o seu comprometimento enquanto ativista, sua extensa obra, são um legado importante para a cultura do Rio Grande do Sul. O Danúbio era um artista brilhante e hoje estamos mais pobres com sua morte”, ressaltou.
O diretor do Margs, Francisco Dalcol, também se manifestou sobre o falecimento de Danúbio. “É um dos nomes mais importantes da história das artes visuais do Rio Grande do Sul, tendo pertencido a uma geração que se empenhou em introduzir e difundir no Rio Grande do Sul as linguagens artísticas modernas. E, ao mesmo tempo, foi um artista que se projetou fora do Estado por sua postura de não adesão a modismos e por seu engajamento político e social, representado na fase de sua obra marcada pelas xilogravuras inspiradas nos trabalhadores das charqueadas e nos mineiros, nas quais se destacou pelo exímio tratamento gráfico e documental. Defendia que o artista tinha de ter posicionamento político, e que o papel da arte não se desvinculava da realidade”, disse.

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