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Museu da Gravura programa exposição das obras de Danúbio Gonçalves
O artista plástico bajeense Danúbio Villamil Gonçalves terá sua obra exposta no Museu da Gravura Brasileira/FAT – Urcamp. A mostra será apresentada durante a semana de Bagé, em julho. O bajeense morreu no domingo, em Porto Alegre. Ele integrava o Clube de Gravura, conhecido, também, como o "Clube de Bagé", junto com os amigos Glauco Rodrigues, Glênio Bianchetti e Carlos Scliar.
Conforme uma das integrantes da comissão gestora dos museus mantidos pela Fundação Attila Taborda, Cármen Barros, em Bagé, há um acervo de cerca de 500 obras doadas pelos quatro artistas do Clube da Gravura, sendo em torno de 50 de autoria de Gonçalves. Ela comenta que o artista era o único remanescente do grupo e o clube foi responsável por retratar os hábitos do Sul para o resto do mundo.
Entre as obras existentes no museu, uma das mais famosas integra a série Charqueadas, que, segundo a crítica, é o único depoimento visual engajado que apresenta um trabalho humanitário; a outra é sobre os Mineiros de Butiá, que aborda a forma de trabalho na mina. As obras do artista eram inspiradas na vida.
Gonçalves nasceu em Bagé, em 30 de janeiro de 1925. Saiu da Rainha da Fronteira aos 10 anos, quando foi morar no Rio de Janeiro. Aos 24 anos, foi morar em Paris, na França. Lá estudou durante dois anos. Durante sua vida, andou pelo mundo. O artista também foi professor no Ateliê Livre, da Prefeitura de Porto Alegre, durante 15 anos, assim como professor de Gravura na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).