Cidade
Mais de 10 empresas poderão fornecer medicamentos para o município
Publicada em 25/04/2019
por Miquéli Romero
Acadêmica de Jornalismo da Urcamp
Ao todo, 16 empresas foram selecionadas para passar pelo processo de entrega de documentação para a certificação dos dados inscritos no pregão eletrônico, realizado no dia 15 de abril, destinado a definir fornecedores de medicamentos para a Prefeitura de Bagé. De acordo com dados da Secretaria de Economia e Finanças e Recursos Humanos (Sefir), ainda nesta semana, todos estes trâmites devem ser concluídos e a previsão é que, a partir da próxima semana, já seja realizada a primeira compra.
A licitação, segundo detalhado, projeta o pedido de 154 medicamentos, mas 27 deles não vão ser repostos nesta primeira compra, isso porque não teve nenhuma proposta de empresa para tal fim. A solução, de acordo com o apurado, será a prefeitura realizar um novo pregão. Um dos casos é do Carbonato de Lítio, indicado para pessoas com transtornos de humor, e que não recebeu lance de nenhuma empresa.
Os bajeenses vêm sofrendo com a falta de medicação nas farmácias dos postos de saúde. Isso acontece porque o governo do Estado não repassava a verba para o município, acumulando uma dívida de cerca de R$ 10 milhões. A dona de casa Marlene dos Santos toma mais de 10 tipos de remédio, porém três deles o município não cobre. Ela chegou a ficar mais de dois meses sem medicamento. "O Omeprazol é um deles, porque como eu tomo muitos remédios, então acaba prejudicando o estômago e não tinha. Eu precisava comprar e, muitas vezes, tinha que escolher entre remédio ou alimentação" comenta. Omeprazol é um remédio para quem sofre de gastrite, esofagite de refluxo e úlceras gástricas, muitos médicos indicam para as pessoas que tomam bastante remédios, como é o caso da dona Marlene. Esse medicamento é um dos que já estão na lista para a primeira compra.
Cerca de 300 empresas participaram do processo de licitação para selecionar uma que irá realizar a compra de medicamentos que o município necessita. O contrato terá validade de 12 meses, a contar da sua assinatura, e não poderá ser prorrogado. Durante esse período, o investimento total estimado é de R$ 2,57 milhões, um valor baseado nos orçamentos dos fornecedores do ramo. A entrega dos medicamentos ainda não tem data marcada - eles devem ser distribuídos na Farmácia Básica Central, Estratégias Saúde da Família (ESFs) e Unidades de Saúde.
O secretário de Saúde e Atenção à Pessoa com Deficiência, Mário Mena Kalil, garante que o momento ruim já está passando. "É notório que a crise foi provocada pela falta de repasses do Estado, mas está se resolvendo. Estamos colocando medicamentos nas prateleiras das farmácias novamente." Segundo ele, está chegando R$ 140 mil em medicamentos e mais uma compra de R$ 600 mil provenientes de emendas que estão sendo programadas. Vale salientar que as compras realizadas junto às empresas vencedoras do pregão eletrônico são somente as que o município tem necessidade.
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