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Opinião

Origens dos Franco das Palmas e de Corrales de Paysandú (Uruguai)

Publicada em 25/04/2019
Origens dos Franco das Palmas e de Corrales de Paysandú (Uruguai) | Opinião | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

por Jayme Collares Neto*

 

PRIMEIRA PARTE

Os Franco constituem uma das mais antigas famílias sul-riograndenses. Suas raízes se fincam na velha Rio Pardo, onde se entrelaçam com as dos Simões Pires, dos Gomes Jardim e dos Gonçalves Dias, outras famílias que têm numerosos descendentes em Bagé, como também em todo o Estado.

A principal fonte para a história dos Franco está num dossiê conservado no Arquivo Público do Rio Grande do Sul, intitulado, precisamente, Família Franco. É o processo de nº 28-A, maço 2, estante 47, anos 1768-1780 (Rio Pardo, Cartório da Provedoria). Trata-se, na verdade, não exatamente de um dossiê, mas de uma reunião de velhos processos de inventário, abrangendo os anos de 1768 a 1780, cuja leitura é bastante dificultada em razão do adiantado estado de deterioração desses documentos.

A história que ainda é possível extrair desses velhos papéis é a que logo passaremos a relatar, após a breve introdução que segue.

No ano de 1756, os exércitos português e espanhol cruzaram a campanha em guerra contra os índios guaranis, que se recusavam a abandonar o território das Missões, que, nos termos do Tratado de Madri, de 1751, Portugal havia recebido da Espanha em troca da Colônia do Sacramento.

Em 27/01/1756, as tropas portuguesas estiveram acampadas aqui nas Palmas, antes dos combates decisivos dos dias 7 e 10 de fevereiro, quando foram mortos o cacique Nheenguiru e o lendário Sepé Tiaraju. Comandava os portugueses o competente militar e político Gomes Freire de Andrade, Conde de Bobadela. Pois bem: pelos documentos acima referidos, ficamos sabendo que Antônio Fernandes Franco, morador de Rio Pardo, forneceu gado para a alimentação dessas tropas do Conde de Bobadela, em 1756.

Como pagamento por esse serviço, em 1768, Antônio requereu ao governo a concessão da propriedade definitiva de dois campos, dos quais já detinha a posse, numa área total de cerca de 10.000 hectares. O principal e mais antigo desses campos, provavelmente ocupado bem antes da guerra, era uma estância de pouco mais de duas léguas de sesmaria (mais de 8.712 hectares), situada ao sul do Rio Jacuí, às margens (ou na região) do Arroio Capivari, a poucos quilômetros (1 a 2 léguas) do lugar onde esse arroio deságua no citado rio. Ao norte, isto é, no lugar onde o Capivari deságua no Jacuí, ficava a estância de Manoel Gonçalves (primeiro antepassado dos Gonçalves Dias) e de seu filho Manoel Gonçalves Dias, bem como um campo de Antônio Silveira D'Ávila; ao sul, seguindo o curso montante do Capivari, a sesmaria de Matheus Simões Pires (primeiro antepassado dos Simões Pires); e, tanto a leste como a oeste, campos do tenente-coronel Carlos José da Costa e Silva.

As outras terras, medindo uma légua de comprido por um quarto de légua de largura (1.089 hectares), ficavam, "do outro lado do Rio Guahyba, contíguas à Serra". Esse Rio Guahyba talvez fosse outro nome pelo qual era chamado o Rio Jacuí (o que poderia explicar o fato de o Jacuí ser chamado atualmente de Guaíba em sua passagem por Porto Alegre); ou talvez fosse o antigo nome do curso superior do Jacuí, antes de esse rio receber as águas do Vacacaí; seja num caso como no outro, então, visto que aquelas terras ficavam "contíguas à serra", talvez se localizassem a leste da atual São João do Polêsine. De todo modo, parece que ficavam no território das Missões, que acabava de ser incorporado ao domínio português; e outro indício disso é que Antônio declara que comprou esse campo por arrematação pública. Em 1770, ele mantinha ali uma manada de éguas, o que quer dizer que se dedicava, também, à produção de mulas, que era o negócio mais lucrativo da época.

(continua)

*Escritor

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