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Campo e Negócios

Produtores pedem suspensão do herbicida 2,4-D no Estado

Publicada em 27/04/2019

Um grupo formado por cerca de 50 produtores gaúchos, ligados ao setor da fruticultura, solicitou, na terça-feira passada, ao secretário estadual da Agricultura, Covatti Filho, a suspensão imediata do uso do herbicida 2,4-D nas lavouras de soja no Rio Grande do Sul. O encontro aconteceu durante audiência no Ministério Público Estadual, a convite do promotor de Justiça do Meio Ambiente de Porto Alegre, Alexandre Saltz, que conduz um inquérito civil para apurar os prejuízos causados pela aplicação do pesticida em outras culturas.

Segundo o engenheiro-agrônomo Norton Sampaio, produtor de uvas e professor de Viticultura da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), nos últimos três anos, o composto tem causado graves danos a vários setores da fruticultura em geral. Entre as áreas mais afetadas, ele destaca a viticultura e olivicultura. "São setores que têm crescido na região e que estão sendo bastante prejudicados pelo 2,4-D", reforça, ao contar que os trabalhos para a suspensão do uso do produto já vêm sendo feitos há cerca de dois anos, com pelo menos quatro audiências públicas já realizadas para debater o assunto.

Sampaio explica que, segundo estudo feito no ano passado pela Associação dos Vinhos da Campanha junto ao Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), de 82 vinhedos gaúchos analisados, 69 amostras foram identificadas como infectadas. Além disso, o levantamento também apontou que o prejuízo anual do setor chega a mais de R$ 100 milhões. Ele destaca, também, que, na reunião desta semana, o Ministério Público Estadual determinou que o governo do Rio Grande do Sul terá 30 dias para suspender o uso do herbicida. "Se eles não fizerem isso, nós vamos entrar, junto com o Ministério Público, com uma ação civil pública, proibindo judicialmente o uso desse herbicida", afirma.

O tema voltará a ser debatido no dia 8 de maio, em Porto Alegre, quando acontecerá uma nova audiência pública sobre o projeto de lei que proíbe o uso do 2,4-D em território gaúcho. O evento acontecerá na Assembleia Legislativa do Estado, através de parceria com a Câmara Federal.

Alternativas

O engenheiro-agrônomo explica que o 2,4-D ganhou sua popularidade nas lavouras de soja para combater a buva, uma planta invasora encontrada com frequência na região, em especial após a espécie ganhar resistência contra Glifosato, herbicida que era utilizado anteriormente para combatê-la.

Porém, quando questionado sobre alternativas para o cultivo de soja no Estado sem a utilização do 2,4-D, Sampaio afirma que existem várias técnicas agrícolas e outros herbicidas que podem ser utilizados. Como exemplos de compostos menos prejudiciais à fruticultura, o engenheiro-agrônomo cita que pode ser utilizado o herbicida metsulfuron-metil (Ally), ou até mesmo novas misturas com Glifosato.

"Ninguém tem nada contra a plantação de soja, mas a soja pode conviver perfeitamente sem o 2,4-D. Tem muitos produtores que não usam ele. Mas a viticultura e a olivicultura, a fruticultura em geral, não consegue conviver com o 2,4-D", pondera o produtor.

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