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Programação alusiva à Tomada do Forte de Santa Tecla é adiada
O Comando da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (3ª Bda C Mec) está preparando um evento alusivo à Tomada do Forte de Santa Tecla. A atividade, que ocorreria neste sábado, 27, das 16h às 22h, tendo como Palco o Sítio Histórico Forte de Santa Tecla, foi adiada em virtude da instabilidade climática. O Comando da 3ª Bda C Mec ainda deve definir uma nova data para a atividade·
Conforme informações do setor de comunicação social, o evento tem como foco resgatar a memória imaterial presente nas tradições locais. Visando maior conforto dos participantes, a unidade solicita que os mesmos levem cadeiras individuais para que possam acompanhar o desenrolar do espetáculo. "Alertamos que haverá uma sequência de queima de fogos de artifício, podendo causar sensibilidade a pessoas e animais domésticos", informa o setor de comunicação social, em nota.
A concentração será realizada na BR-293, na estrada que dá acesso ao Frigorífico Producarne, onde inicia a procissão motorizada até o Forte de Santa Tecla. Em seguida, acontecerá um momento ecumênico no sítio histórico, com presença do bispo diocesano de Bagé, Cleonir Paulo Dalbosco, e do capelão militar, 1º tenente Wendell.
O historiador Jaime Barbosa fará uma síntese histórica do Forte de Santa Tecla, destacando o contexto em que o mesmo foi criado e as disputas entre portugueses e espanhóis. A ação será seguida de uma fanfarra das bandas da 3ª Bda C Mec e do Instituto Municipal de Belas Artes (Imba). Também acontecerá apresentação do grupo Memorial do Gaúcho, com o historiador Flávio Cantão, que fará uma encenação da tomada e rendição ocorrida no Forte. As gestoras dos museus mantidos pela Fundação Attila Taborda (FAT/Urcamp), Carmen Lucia Barros e Maria Luiza Pêgas, vão expor um acervo do Museu Patrício Corrêa da Câmara, o qual, atualmente, se encontra no Museu Dom Diogo de Souza.
As atividades serão encerradas com uma confraternização marcada para ocorrer no sítio histórico.
Ponto histórico
A estrutura do Forte, segundo historiadores, foi erguida em 1773, a mando de Don José Vertiz y Salcedo, com o objetivo de servir como ponto de estratégia do governo espanhol. Em 1776, aconteceu a primeira queda do forte, pelo exército português. A estrutura ficou em ruínas até ser reconstruída pelos espanhóis, em 1777. E, por fim, o Forte foi novamente tomado e derrubado, em 1801, pelo Exército comandado por Patrício Correa da Câmara.
Atualmente, o terreno onde existia o Forte pertence à Prefeitura de Bagé e conta com vestígios das antigas fundações em pedra, tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desde 1970.