Cidade
Secretário encaminha documento ao Ministério da Economia pedindo retificação de dados do Caged
Em resposta aos dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), na semana passada, que apontaram saldo negativo de empregabilidade em Bagé, no primeiro trimestre do ano, a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do seu titular, Bayard Paschoa Pereira, encaminhou ao Ministério da Economia um documento contestando os resultados da pesquisa. Na ação, o município requereu a reanálise de tais informações e a retificação dos dados em tela.
Através de nota enviada ao Jornal MINUANO, o secretário salientou que seu questionamento tem base técnica. "Não formularíamos uma questão como essa se não tivéssemos elementos técnicos para embasar o tema", declara.
Os dados divulgados na pesquisa, referentes a janeiro de 2019, foram questionados pela pasta, pois, conforme Bayard, os mesmos apresentavam a queda de 144 vagas de professores da Educação de Jovens e Adultos do Ensino Fundamental (1º ao 4º ano). O secretário afirma que a pasta buscou todos os meios para identificar a origem dos dados no sistema Caged, responsável por gerar as estatísticas. Dentre as ações de pesquisa de campo, foram buscados subsídios na Secretaria Municipal de Educação (Smed), Justiça do Trabalho, Sindicato e/ou pendências judiciais, além de outros atores. "Esse sistema gera informações a partir dos microdados de cada declaração enviada, sejam elas corretas ou não, onde apenas as empresas com mais de 20 empregados são obrigadas a usar um certificado digital, que garante a autenticidade e confiabilidade como nas NF-e (Notas Fiscais Eletrônicas)"
Avaliação do desempenho da gestão
Segundo Bayard, para uma avaliação concreta do desempenho econômico de Bagé nos últimos 28 meses, período da gestão atual, é necessário compreender como ela se encontrava ao final de 2016. Para isso, o secretário elenca três fatores: "Desmotivação dos empreendedores locais com a concorrência desleal e predatória das chamadas feiras itinerantes"; "Ausência de programas de fortalecimento do empreendedorismo local e de atração de novos investimentos" e a "Inexistência de atividades geradoras de oportunidades aos segmentos econômicos".
Diante deste cenário, a pasta submeteu a legislação municipal à avaliação do Tribunal de Justiça, que a validou em seus principais aspectos. "Com esse instrumento legal, estancamos as feiras itinerantes e a drenagem de recursos para fora da cidade cujo legado era o desemprego crescente e a falência das nossas empresas. Desde então, as feiras não voltaram e o comércio recuperou sua autoestima e a capacidade de gerar empregos e investimentos. Ao final de 2017, 136 postos de trabalho já tinham sido reavidos", salienta.
No entanto, conforme o titular da SDI, também era preciso fortalecer o segmento do comércio e dos serviços, setores que mais empregam e geram renda ao nosso município, oferecendo ao mesmo tempo, promoções e preços melhores aos consumidores. Com isso, entre os trabalhos realizados pela pasta para fortalecer a economia de Bagé durante a atual gestão, estão dez edições do Programa Sábados Azuis; quatro Festivais de Cervejas da Campanha, entre outros citados por Bayard.
Além disso, o secretário também ressaltou o empenho do Governo Municipal para atrair mais de 30 empresas para Bagé, a reforma e ampliação de várias lojas e redes, e a instalação de 13 redes, entre lojas de automóveis e peças, postos de gasolina, confecções, e comércio em geral. "Lutamos muito para conseguirmos um saldo positivo ao longo dos últimos dois anos e não seria correto admitirmos que por lançamentos equivocados referentes a demissões na área da educação, que repetimos, não ocorreram, se passasse uma informação equivocada à opinião pública", sustenta.