Opinião
Origens dos Franco das Palmas e de Corrales de Paysandú (Uruguai)
por Jayme Collares Neto
Escritor, autor do livro Histórias Antigas de Mostardas
O primeiro enlace entre os Franco e os Simões Pires se deu em 13-05-1834, data do casamento de Januário Simões Pires com Antônia Bento do Nascimento, filha de Plácido Fernandes Franco e de Cecília Bento do Nascimento. Para aquilatar o significado dessa união, basta ver que – nas palavras de Antônio Pires – "Januário e Antônia constituem a plataforma principal do Simões Pires das Palmas, progênie que se conta às centenas, senão milhares" .
O segundo enlace se deu em 23-09-1859, com o casamento de João Pereira Franco, irmão de Antônia, com Maria do Carmo, filha de Alexandre Simões Pires (irmão mais novo de Januário) e de Clara Regina da Fontoura .
O terceiro foi o casamento da outra Maria do Carmo, a Carminha, filha de Januário Simões Pires e de Antônia Benta, com Feliciano Silveira Franco. Antônio Pires registra uma tradição segundo a qual esse Feliciano seria filho natural de Maria Leonor, filha de João Fernandes Franco . Penso, porém, que a tradição novamente está equivocada. Feliciano Silveira Franco era filho legítimo de Anna Maria Leonor (outra filha de João Fernandes Franco) com José Francisco da Silveira .
O quarto e último enlace, que ocorreu já no final do século XIX, foi o casamento dos irmãos Feliciano e Jerônimo Azambuja Franco, filhos de Antônio Fernandes Franco (de que atrás falamos) e de Carlota Azambuja, com duas Simões Pires, respectivamente Antônia, filha de Januário Simões Pires e de Antônia Benta, e Maria Cândida, neta de Januário, filha de Cândido Simões Pires e de sua mulher Feliciana da Fontoura Franco (que, a propósito, era filha de João Pereira Franco) .
Todas essas uniões foram bastante prolíficas, como o leitor poderá ver no Palmas da Gente, Guardados da Memória, vol. II, págs. 37-39, 41, 168, 170, 187-188 e 191, onde Antônio Pires registra a descendência dos Simões Franco.
Vejamos agora como os Franco foram para o Uruguai.
Nascido em cerca de 1821, João Pereira Franco foi farroupilha, tendo lutado na revolução de 1835-1845 como soldado do piquete do general Netto . Terminado o conflito, veio morar nas Palmas, onde, como já vimos, se casou. Foi proprietário da Fazenda da Catarina, no arroio de mesmo nome, com 6 milhões de braças quadradas de campo (perto de 3.000 hectares), onde, ao morrer em 19-04-1876, deixou 2.000 reses de criar, 22 bois mansos, 90 equinos e 150 ovelhas .
Deixou 9 filhos: Jerônimo (que morreu antes do pai, sem deixar herdeiros), Cecília (que se casou com Antônio Gonçalves Cassão), Clara (que se casou com seu tio Januário Gonçalves Simões Pires), Feliciana (c.c. Cândido Simões Pires), Francisca (c.c. José Furtado da Silveira), Honorina (c.c. Flaubiano Simões Pires), Antônia (c.c. Francisco Collares da Silva), Severino (c.c. Lisbela Pereira Collares) e Alexandrino (c.c. Maria das Dores Pereira Collares).
As esposas de Severino e de Alexandrino Simões Franco eram filhas do Tenente-Coronel Leonardo José Collares, de quem herdaram consideráveis extensões de campo em Corrales de Paysandú, Uruguai, onde seus maridos e, depois, seus filhos homens fundaram estâncias e se tornaram o tronco dos Franco naquele país.
No meu site www.familiacollares.com o leitor encontrará a relação dos filhos dos casais Severino e Lisbela e Alexandrino e Maria das Dores, bem como antigas fotografias e outras informações sobre os Franco uruguaios.
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