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Viajantes do Éden: 15 anos e com a mesma formação

Publicada em 14/05/2019
Viajantes do Éden: 15 anos e com a mesma formação | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Conjunto planeja novas músicas autorais

por Yuri Cougo Dias

Uma banda de rock ultrapassar fases e, quem diga, uma década, com os mesmos integrantes, é algo raro. E 15 anos de jornada, mais raro ainda. Mas os bajeenses da Viajantes do Éden são um exemplo de união e persistência num cenário nem sempre propício ao estilo. Composta por Diogo Santanna (vocal e guitarra), Daniel Santanna (guitarra), Geson Paz (baixo) e Mateus Batista (bateria), a banda comemorou a data na noite de sábado, na Malp, acompanhados por participações especiais de amigos e um repertório que transitou por todas as fases do grupo. Em virtude do marco, o jornal MINUANO fez uma entrevista com os integrantes da banda, que contaram alguns episódios dessa longa jornada, que ainda está longe de ter um desfecho.

Origem e a "novela da bateria"
A história começa em 2003, na Escola Carlos Kluwe. Geson e Daniel se conheceram e decidiram montar uma banda. "O Daniel tocava guitarra. Daí, o Diogo, que é irmão dele, na época, bem mais novo, queria tocar bateria. O Michel Bianchin era outro amigo nosso e assumiu nos vocais. Como eu não tocava nada, sobrou o baixo para mim. Fizemos alguns ensaios e apresentações, mas nada com muito compromisso. Meses depois, o Michel precisou sair da banda. O seu substituto foi o Diogo, que já vinha demonstrando vontade em cantar", conta o baixista Geson.
Com a mudança de Diogo para os vocais, a cadeira da bateria ficou desocupada. E a situação demorou para ser resolvida. "Foram meses de testes, cerca de 10 pessoas. A questão não era a parte técnica, mas se encaixar com o som da banda", relata Geson. O curioso é que Mateus virou integrante da Viajantes do Éden somente numa segunda oportunidade. "Eu conhecia o Geson de vista e tínhamos um amigo em comum, que me indicou para fazer teste como baterista. Marcamos a audição, mas eu não fui. Meses depois, surgiu uma nova oportunidade. Dessa vez, compareceu e, de primeira, rolou uma química legal com o restante da banda", afirma o baterista Matheus.
Com uma formação consolidada, a banda iniciou, em 2004, uma jornada na noite bajeense. Embora não saibam precisar a data, os integrantes afirmam que a primeira apresentação foi no inverno, na antiga Pagoderia. "Era um festival de rock que estava sendo realizado no local. Foi um show 'animal'. Como éramos mais novos e menos ocupados, chegávamos a ensaiar três vezes por semana. Nos primeiros meses, tocamos em muitos lugares, até porque, na época, tinha um bom movimento de bandas de rock em Bagé", relata o vocalista Diogo.

Estilo e trabalho autoral
Quanto ao estilo, a Viajantes do Éden faz um "passeio" no rock, até no reggae e no pop, atualmente. Um repertório que vai desde Pearl Jam, Red Hot Chili Peppers, The Strokes, Franz Ferdinand, Dire Straits, Pink Floyd, Os Cascavelletes, TNT, Cidadão Quem até Los Hermanos, Capital Inicial Cidade Negra e Bee Gees, por exemplo. "No início, éramos mais centrados no rock. Com o tempo, expandimos o repertório, por influência do que estávamos ouvindo, no momento, e pela necessidade de se adequar ao mercado mesmo", explica Diogo.
Nos primeiros anos de banda, um dos "pilares" foi o trabalho autoral. Em algumas apresentações, de 15 músicas, cinco ou seis eram próprias, conforme exemplifica Diogo. Inclusive, a Viajantes do Éden foi premiada, duas vezes, no festival Sesi Descobrindo Talentos. Em 2005, a música "A cura" ganhou destaque nas rádios. Hoje, pode-se encontrar um videoclipe no YouTube da canção.
Com o tempo, a banda passou de compor. No entanto, no inverno de 2018, decidiram voltar às raízes e gravaram "Teorias do pensamento", que está sendo reproduzida na Rádio Pop Rock e está disponível no Spotify. "O Daniel compôs a letra e a melodia. Até paramos, um pouco, com os shows para nos dedicar ao single. A letra aborda sobre a necessidade de um olhar positivo para as coisas que estão por vir e sobre realizar o que se tem vontade. Também há relação com o que a banda está vivendo", contextualiza o vocalista.

Fases e problemas
Independente dos compromissos e problemas no caminho, a Viajantes do Éden permaneceu unida, sempre com a mesma formação. Dois episódios servem como exemplo. O primeiro foi em 2008, quando Daniel mudou-se para Santa Maria. "Ensaiávamos nós três, e passávamos as informações para ele. Agendávamos shows quando ele podia vir. Ficamos nessa situação até 2010, quando o Daniel retornou", conta Geson. Nesta nova etapa, o baixista destaca que o Atelier Coletivo foi um dos principais pontos de fidelidade à banda, o qual rendeu grandes histórias.
Depois, o segundo entrave rendeu uma pausa da banda de um ano e meio. "O Matheus teve um problema no joelho e o Geson quebrou uma costela num acidente. Porém, nunca pensamos em substituí-los, pois não nos imaginamos com outra formação, nem nós em outras bandas. Quando voltamos, o Seu Jorge foi um marco por um bom tempo, além, claro, de outros bares", relata Diogo.
Nesses 15 anos, a Viajantes do Éden abriu shows para Vera Loca, Star Beatles (cover argentino), Garotos da Rua e Wander Wildner. No final de 2018, a banda se apresentou junto de Rafael Malenotti, vocalista da banda Acústicos & Valvulados. "Consegui o contato dele e pedi para que gravasse um vídeo para divulgar um show. Ele se esqueceu e, então, disse que viria a Bagé para tocar conosco. E assim, desenrolou o show", comenta Geson.

A história por trás do nome
Sobre a origem do nome da banda, a história é mais simples do que aparece. E um tanto curiosa, conforme relato de Geson. "Estávamos procurando no dicionário alguma palavra interessante. Achamos 'Éden', mas nem sabíamos o que significava. Gostamos e fomos atrás de alguma palavra que se encaixasse com Éden, como 'algo do Éden'. Até que surgiu 'Viajantes' e soou legal. Essa é a história. Inclusive, se for pesquisar, a maioria dos nomes dessas bandas conhecidas surgiram por bobagens", observa.

Futuro
Sobre o futuro da Viajantes, Diogo afirma que a ideia é dar ênfase em shows em Bagé e outras cidades e na volta do trabalho autoral. "É um dos grupos mais antigos, em Bagé, com a mesma formação. Acreditamos que seja em função da parceria e amizade. Temos sintonia, amizade, gosto musical parecido e dedicação do mesmo nível. Tem coisas que pensamos diferentes, porém, sempre há diálogo e a busca pelo consenso. É uma relação madura, com muito respeito", finaliza Diogo.

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