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Campo e Negócios

Suspensão da exportação de carne bovina para a China deve afetar mercado interno

Publicada em 05/06/2019
Suspensão da exportação de carne bovina para a China deve afetar mercado interno | Campo e Negócios | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Definição ocorreu após caso confirmado do mal da "vaca louca" no Mato Grosso


O Ministério da Agricultura confirmou, na segunda-feira, a suspensão temporária de certificados sanitários para a exportação de carne bovina para a China. A medida ocorre após a notificação de ocorrência de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina, também conhecida como mal da vaca louca, no Mato Grosso. O registro da doença foi informado na sexta-feira (31) e, de acordo com a pasta, trata-se de uma ocorrência isolada e sem risco para a população.
De acordo com o Ministério, a suspensão automática atende a um protocolo entre os dois países. "No caso da China, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil suspendeu temporariamente a emissão de certificados sanitários até que a autoridade chinesa conclua sua avaliação das informações já transmitidas sobre o episódio, cumprindo-se, assim, o disposto no protocolo bilateral assinado em 2015", informou a pasta, em nota. Ainda segundo o governo brasileiro, a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), após análise da ocorrência, manteve inalterado o status sanitário do Brasil, que segue como de "risco insignificante" para a doença.
Segundo a Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, o caso foi registrado numa vaca de corte de 17 anos. O animal foi abatido e teve o material de risco de contaminação retirado e incinerado no próprio matadouro. Os produtos derivados da vaca foram identificados e apreendidos preventivamente. Com as medidas preventivas tomadas, a pasta descartou o risco de a doença passar para a população porque não houve ingresso de nenhum resíduo do animal na cadeia alimentar de humanos e de ruminantes. Todos os países importadores do produto brasileiro também foram informados. As exportações de carne bovina para os demais países não foram afetadas. O acordo de suspensão temporária é específico com a China.
Em manifestação, ontem, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que o governo brasileiro já entregou à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) os documentos necessários para reverter a suspensão temporária - adotada pelo Brasil, em cumprimento a um protocolo assinado em 2015 pelos dois países  - da exportação de carne bovina para a China. “São suspensões temporárias, só para avaliação dos documentos entregues [pelo governo brasileiro]. A OIE [Organização Internacional de Saúde Animal] já terminou o processo. Abriu e fechou sem pedidos complementares. É uma coisa absolutamente normal e estamos esperando a China nos próximos dias nos pedir para retirarmos a suspensão, que foi feita pelo Brasil”, mencionou à Agência Brasil.

Reflexo local
A produção de carne bovina tendo o mercado chinês como destino envolve a planta da Marfrig de Bagé. Em entrevista ao Jornal do Comércio, o presidente da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul, o bajeense Gedeão Pereira comentou a respeito de tal questão. Porém, segundo ele, dificilmente ocorrerá alguma alteração no que envolve a indústria. O impacto esperado por ele é sobre o ingresso de carne do Centro-Oeste no Sul, o que poderá ocasionar um excesso do produto e consequente queda de preços para o consumidor. Conforme Pereira, as exportações gaúchas para a China vinham em crescimento, passando de US$ 53,5 milhões em 2017 para US$ 79,1 milhões no ano passado.

A assessoria da Marfrig Global Foods foi procurada pela reportagem do MINUANO para comentar sobre possíveis reflexos na produção de sua unidade na Rainha da Fronteira. Em nota para associados, o vice-presidente de Finanças e DRI da empresa, Marco Antonio Spada, disse que a Marfrig foi notificada, ainda na segunda-feira, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sobre o caso registrado no Mato Grosso, que resultou na suspensão temporária de emissões de certificados sanitários para exportação de carne bovina para República Popular da China. "A companhia tem, na América do Sul, nove plantas habilitadas para China, sendo o Uruguai, com o maior número, com quatro habilitações, seguido do Brasil com três e Argentina com duas. As exportações da América do Sul diretas para a China representaram 3% do faturamento total da Marfrig no 1T19, sendo que o Brasil representou 0,9% do total da receita, e Uruguai e Argentina foram responsáveis por 2,1%", detalhou ao atestar que "a Marfrig acredita que a situação está dentro dos parâmetros regulares envolvendo questões sanitárias e que as exportações devem ser retomadas em breve".

Sobre a doença
Doença cerebral em bovinos adultos que pode ser transmitida aos seres humanos pela ingestão de carne contaminada, o mal da vaca louca é causada por proteínas alteradas e não tem cura nem tratamento. O cérebro das vítimas perde massa e torna-se uma esponja, com o paciente sofrendo acelerada deterioração mental e entrando em coma em poucos meses. Não existe transmissão de uma pessoa para outra.
No fim dos anos 1990, alguns países da Europa enfrentaram um surto de casos de vaca louca por causa do consumo, por outros animais, de ração processada de bovinos afetados pela doença.

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