Campo e Negócios
Farsul debate fortalecimento da pecuária de corte
Publicada em 06/06/2019
Já responsável por ocupar um espaço decisivo na balança comercial gaúcha, a pecuária de corte foi pauta de reunião realizada pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, na segunda-feira. O terceiro encontro de uma comissão que trata especificamente sobre o tema, após sua reinstalação, manteve a proposta de trazer informações para embasar as decisões e ações do grupo.
Para o coordenador da Comissão de Pecuária de Corte, Carlos Simm, essas primeiras reuniões formaram a base para definir o foco, indicando os encaminhamentos necessários. Para ele, a ausência de dados estatísticos confiáveis é uma das maiores deficiências do Estado. Cita, como exemplo, o Observatório Gaúcho da Carne, que não é atualizado desde março de 2018 por falta de investimentos. As doenças que atingem o rebanho também são alvo de preocupação e tema dos debates. Segundo o grupo, a Embrapa estima um prejuízo de R$ 171 milhões somente com a mosca da bicheira. A Secretaria da Agricultura tem um projeto de controle biológico por meio de machos estéreis. A medida já foi aplicada na América Central com resultados positivos.
O coordenador também ressalta a questão do carrapato e a tristeza parasitária como outros dos grandes problemas da pecuária gaúcha. Além das zoonoses, a marca a fogo e o corte em arames farpados acabam afetando a qualidade do couro que já sofre com a concorrência do couro sintético. Diante os desafios, Simm comenta as dificuldades enfrentadas pelos produtores. "Não é uma tarefa fácil, o problema é estrutural e já vem de muitos anos. Esse sistema cria dificuldade para quem quer empreender. Com regras desatualizadas o ente público não é parceiro é um agente que coloca só dificuldades. Enfim, os desafios são grandes, mas se trabalharmos juntos temos um caminho interessante. Não vai ser fácil, mas estou esperançoso", conclui.
A reunião encerrou com manifestação do presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, sobre sua viagem à Ásia, em companhia da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e lideranças do setor para a prospecção de mercados. Porém, Simm alerta para a necessidade de uma estruturação para atender a demanda. "A possibilidade é muito boa, só que percebemos claramente que nós não estamos preparados aqui. Se vier uma demanda hoje para exportar, não estamos organizados de maneira eficiente", avalia. Ele considera que é necessário a inclusão de novos participantes como indústrias de pequeno e médio porte por meio de estímulos para se transformarem em agentes exportadores", comenta.
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