Cidade
Projeto do Shopping Bagé pausa por falta de interessados
Um dos empreendimentos mais aguardados pelos bajeenses, o Shopping Bagé pode não sair do papel. A mobilização intensa que ocorreu entre 2016 e 2017, culminando com a aprovação do projeto arquitetônico do empreendimento, em 2017, e a isenção de impostos por 10 anos, foi arrefecida pelo desaquecimento do mercado.
Sócio da empresa Conselho Shopping 45 Consultores, Jorge Silveira, um dos empresários mobilizados para tirar o projeto do papel, destaca que “o mercado ainda não está se comportando de forma satisfatória. A situação econômica e política, em geral, continuam com indefinições e com perspectivas não muito claras, o que nos leva ter cautela nesse processo”.
Relato semelhante já havia sido feito por Silveira em setembro do ano passado, durante o último contato feito pelo Jornal MINUANO com o empresário. À época, Silveira afirmou que o processo de instalação seguia em duas frentes: a primeira com a busca por lojas interessadas e a segunda com a finalização da captação financeira com parceiros, investidores e fundos.
Há exatos dois anos, o projeto arquitetônico do Shopping Bagé foi aprovado pela Secretaria Municipal de Gestão, Planejamento e Captação de Recursos (Geplan). Com essa etapa vencida, a próxima seria a avaliação dos projetos complementares (projeto hidrossanitário e Plano de Prevenção e Combate à Incêndio) e cronograma físico-financeiro da obra. Contudo, esses projetos não chegaram a ser submetidos.
O projeto do shopping conta com área construída de 25 mil metros quadrados (m²), nas proximidades da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), no bairro Malafaia. O investimento da construção é de R$ 80 milhões, com tempo estimado de até 20 meses de obra, com previsão de dois mil operários durante a construção. Quando já em operação, a estimativa é que o shopping geraria mais 1,5 mil empregos diretos nas 119 lojas do complexo.