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Bioma em risco: mapeamento mostra que desmatamento já atinge mais de 43% do Pampa

Publicada em 08/06/2019
Bioma em risco: mapeamento mostra que desmatamento já atinge mais de 43% do Pampa | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Área atingida ultrapassa os 5,9 mil quilômetros quadrados

Na Semana do Meio Ambiente, a região da Campanha tem pouco a comemorar. Dados de um estudo de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que quase metade da área do Pampa sofre com o desmatamento.

Os dados são relativos a 2016, com análises realizadas desde 2004 pelo Instituto. O monitoramento é realizado através das imagens de dois satélites: Landsat 8 e CBERS-4A. Através desses dados, é possível apontar que no Pampa Gaúcho, 43,7% da mata nativa sofreu com o desmatamento, enquanto 47,3% permanece inalterada. Os outros 9% são relativos à hidrografia.

Em relação aos municípios da região, o coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia e outros Biomas do Inpe, o professor Cládio Almeida, explica que, na região da Campanha, compreendendo os municípios de Dom Pedrito, Lavras do Sul, Aceguá, Bagé, Hulha Negra e Candiota, a área total desmatada chega a 5,9 mil quilômetros quadrados (km²).

O município com a maior quilometragem de desmatamento é Dom Pedrito, com 2,1 mil km². Em seguida, vem Bagé, com 1,3 mil km². Depois, vem Aceguá, com 860km². Já Candiota, Hulha Negra e Lavras do Sul mantiveram médias semelhantes, com 522 km², 511 km² e 542 km², respectivamente.

Almeida não consegue precisar quais os principais agravantes do desmatamento. “Espero que possamos fazer isso em um outro projeto chamado TerraClass, que olha para todas as áreas que já foram desmatadas e mapeia o uso da terra”, explica.

Patrimônio natural ameaçado

O Pampa ocupa uma área de 176.496 km², segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Isso corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território brasileiro. A estrutura da vegetação dos campos – se comparada à das florestas e das savanas – é mais simples e menos exuberante, mas não menos relevante do ponto de vista da biodiversidade e dos serviços ambientais. Ao contrário, os campos têm uma importante contribuição no sequestro de carbono e no controle da erosão, além de serem fonte de variabilidade genética para diversas espécies que estão na base de nossa cadeia alimentar.

De acordo com as informações disponibilizadas pelo Ministério do Meio Ambiente, em seu site oficial, o Pampa apresenta flora e fauna próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela Ciência. Estimativas indicam valores em torno de 3.000 espécies de plantas, 450 espécies de gramíneas. A fauna também é expressiva, com quase 500 espécies de aves e mais de 100 espécies de mamíferos terrestres. Trata-se de um patrimônio natural, genético e cultural de importância nacional e global. Contudo, de acordo com as informações oficiais, a introdução e expansão das monoculturas e das pastagens com espécies exóticas têm contribuído drasticamente para a supressão do bioma, levando a uma rápida degradação e descaracterização das paisagens naturais do Pampa.

Esse panorama se torna ainda mais preocupante se levar em conta que, das áreas naturais protegidas no Brasil, o Pampa é o bioma que menor tem representatividade no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), representando apenas 0,4% da área continental brasileira protegida por unidades de conservação.

 

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