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Mesmo com chegada do frio, venda de lenha ainda não aqueceu
A chegada do frio, nos últimos dias, ainda não foi suficiente para aquecer a venda de lenhas em Bagé. Na Rainha da Fronteira, as lenheiras locais não registraram o movimento esperado e, agora, a expectativa é que as temperaturas mais baixas se estabilizem, motivando uma elevação na procura.
Conforme proprietários de três lenheiras, a demanda, de fato, não aumentou. Eles alegam que a economia e o frio ainda estão instáveis. A proprietária de uma empresa do setor, Neide Saretta, aposta no diferencial para aquecer as vendas. A lenheira dela funciona há cerca de 30 anos e há 12 ela está frente ao negócio. O estabelecimento é conhecido pela venda de nós de pinus. Segundo Neide, a variação da temperatura é um dos motivos que impede o aquecimento do setor. A comerciante vende acácia e todo o produto é comercializado por quilo. “Há três anos não subo o valor da lenha”, relata
Por sua vez, empresário Paulo Costa, também comercializa lenha, mas em sacas. Ele salienta que as vendas caíram muito nos últimos anos e o perfil do consumidor também mudou bastante. “Antes, compravam para estocar, agora só o suficiente para o consumo. As pessoas estão com dificuldade por causa da crise econômica”, avalia. Ele enfatiza que a facilidade de vender nos cartões impulsiona um pouco às vendas, mas não o suficiente, neste momento. "Temos sacos de R$ 13 a R$ 20 de acácia e eucalipto e tocos de R$ 1,50 a R$ 5. Quem comprar mais de R$ 200 ganha o frete”, comenta.
A proprietária de outra lenheira, Daiane Martins Martins, salienta que, no ano passado, nesta época, já estava faltando lenha em seu estabelecimento. Ela comenta que o preço pelo cento da acácia é R$ 33 e do eucalipto R$ 30, e que tocos variam entre R$ 2,50 e R$ 3, dependendo do tamanho. “Temos a expectativa que esfrie nos próximos dias”, disse ao vincular uma temperatura ainda mais baixa ao sucesso do negócio.
Daiane explica que os preparativos, em sua empresa, começaram no verão, quando iniciaram as compras dos materiais. Ela adquire a lenha por metro e as rachas são feitas no local. “Quando falta, compramos a lenha pronta,” adianta.