ELLAS
Jaguarão: a Cidade Heroica
Localizada no extremo Sul do Estado, Jaguarão teve início na primeira década do século 19 com um acampamento militar fundado às margens do rio homônimo. O município foi o 12º criado no Rio Grande do Sul e faz fronteira com a cidade de Rio Branco, no Uruguai. Saindo de Bagé, há dois caminhos até lá: um via BR-293 e BR-116 e outro via Melo, Uruguai. São cerca de 260 km no primeiro caso e, aproximadamente, 210 km no segundo. Na minha última publicação, no Caderno Ellas (leia a página 13), vamos conhecer a Cidade Heroica.
Atrativos
Entre os principais pontos de atração turística de Jaguarão, estão prédios que contam parte da história do lugar, como as Ruínas da Enfermaria Militar, por exemplo, que foram construídas entre os anos 1880 e 1883, no alto do Cerro da Pólvora, de onde se descortina uma das paisagens mais bonitas da cidade. O prédio serviu, também, como posto de vigia da fronteira, prisão política e, hoje, está em fase de restauração para se tornar um complexo cultural.
Da mesma forma, o Mercado Público Municipal, construído entre 1864 e 1867, vem passando por reformas de preservação. Em estilo colonial português, o prédio é tombado como patrimônio histórico do Estado e da União. Por outro lado, o Museu Dr. Carlos Barbosa, que também habita um casarão do século 19, conta a vida e obra desse político que dá nome ao museu, além de preservar a coleção familiar de louças, obras de arte, fotografias, mobiliário, entre outros itens.
Outro atrativo é a Ponte Internacional Mauá, inaugurada em 1930, sendo a primeira grande obra de infraestrutura construída entre o Brasil e o Uruguai. Ela é o primeiro bem transfronteiriço tombado pelo Iphan e reconhecido como patrimônio cultural do Mercosul. As residências do século 19 e 20 da rua XV de Novembro, conhecida como Rua das Portas, destacam-se pela beleza das portas entalhadas à mão, em madeira nobre.
A Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, concluída em 1875, é um dos raros templos católicos na região Sul que conservam bem as linhas gerais de seu aspecto original, tanto interna quanto externamente. Ela possui altares de madeira esculpidos à mão, belíssimos vitrais e um parlatório em mármore de carrara. Se destaca, ainda, pelo acervo mobiliário e de imagens sacras, além de documentos relacionados à história das antigas irmandades religiosas.
Culturalmente, também há grandes atrativos na cidade, como o Teatro Esperança, que, ao longo de sua o história, foi palco de apresentações de grandes companhias nacionais e internacionais. Da mesma forma, o local onde funciona, hoje, a Casa de Cultura, é considerado uma das relíquias arquitetônicas do Rio Grande do Sul, compondo o conjunto de edificações históricas que configuram o entorno da Praça Dr. Alcides Marques.
Turismo de compras
Para quem gosta de viajar e voltar cheio de mimos, a cidade vizinha à Jaguarão, Rio Branco, possui várias opções de free shops, como o The Place Free Shop, Duty Free Americas e o Neutral, redes já conhecidas por quem gosta de dar um pulinho em Rivera.