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Heron Cougo: uma vida dedicada à aviação

Publicada em 17/06/2019
Heron Cougo: uma vida dedicada à aviação | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Profissional ingressou no aeroporto em 1980

Por Yuri Cougo Dias

No dia 17 de abril, Jesus Heron Aguzzi Cougo recebeu uma homenagem do Exército Brasileiro pelos serviços prestados à aviação e pela longa parceria profissional com as Forças Armadas. A reverência faz alusão ao trabalho de 39 anos junto à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Pelo longo período, pode-se dizer que é uma vida dedicada à aviação, com muitas histórias a serem contadas e servindo de testemunhas de várias fases que o aeroporto bajeense passou. Por conta disso, o Jornal MINUANO traz um resumo dessa história, de alguém que ama o que faz e que deixará um legado para os que seguirão no mesmo rumo.

Início da jornada
O ponto de partida é exatamente no dia 27 de outubro de 1980. Com 18 anos, Heron colocava pela primeira vez o crachá de funcionário do aeroporto, como fiscal de pátio. Na época, testemunhou a fase de transição do Departamento de Aviação Civil (DAC) para a Infraero. Eram sete profissionais responsáveis por uma escala que, segundo ele, era caracterizada por uma rotina “militarizada”. “Nosso turno era das seis da manhã até as nove da noite. No outro dia, estávamos de folga e, no dia seguinte, pegávamos de manhã cedo e largávamos ao meio-dia. Folgávamos à tarde e no outro dia, pegávamos novamente das seis da manhã às nove da noite. Era uma escala meio que ‘militarizada’, mas que funcionava perfeitamente. Na época, tínhamos vários voos do governo do Estado, manobras militares, operações de fronteira, pela Força Aérea Brasileira (FAB). Também tinha muitos voos de enfermos, com destino para o Hospital Conceição, em Porto Alegre”, relata.
O primeiro trabalho de Heron foi como fiscal de pátio. Porém, a dedicação ao aeroporto não se restringia especificamente a tal função. Num período de dois anos, também passou por funções de almoxarifado, tesouraria e administrativa. “Tu eras fiscal de pátio, mas fazia, também, outras atividades. Por contenção de despesas, teve uma época que tivemos que ficar responsáveis pela jardinagem do aeroporto. Com o tempo, contrataram gente para isso. Porém, era uma época que tinha muitas oportunidades. O jeito era saber aproveitar”, comenta.
E quando Cougo se refere a oportunidades, é aí que adentramos na parte da história em que conseguiu crescer dentro da empresa. O primeiro passo foi aproveitar todos os cursos que eram disponibilizados pela Infraero. “Fizemos vários, muitos de segurança, operacionais, de finanças, administração e patrimônio. Há poucos dias, estava olhando minha ficha no RH, foram mais de 50 eventos. Éramos convidados a fazer. Em 1982, por exemplo, a Infraero criou os bombeiros orgânicos. Em 1983, fiz um curso em Porto Alegre. Ficamos em torno de 20 dias, com uma preparação muito rígida”, conta.

Fases do aeroporto
Hoje, se fala na retomada dos voos regulares em Bagé. Heron fez parte da geração que trabalha com rotas comerciais na cidade. “Tínhamos os voos para Porto Alegre, feitos pela Varig, e os para Montevidéu, feitos pela Pluna. Creio que o ápice foi no final da década de 1970 e início da década de 1980”, comenta.
Como em décadas atrás, o acesso à tecnologia era bem diferente, uma das demandas que o aeroporto da Rainha da Fronteira possuía era os voos de malotes, cujo propósito era transferir documentos já compensáveis, oriundos de instituições bancárias. “Esses voos foram feitos até os anos 2000. Nunca transitou dinheiro, só documentos compensáveis. Teve uma época que tínhamos 11 instituições bancárias em Bagé. O voo era a garantia de segurança e precisão. Hoje, existe a facilidade da tecnologia”, conta.

Da superintendência para Pelotas e Uruguaiana
Mas voltando ao assunto do crescimento de Heron na empresa, após uma série de capacitações, em 1996, surge a oportunidade do curso para superintendente. A oportunidade surgia mediante indicação. “Éramos divididos, no país, em cinco regiões. Para cada uma delas, ficaram cinco vagas, ou seja, 25 pessoas fariam o curso. Eram 250 pessoas disputando. Entre Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, fiquei entre os cinco. Logo depois, houve o curso para gerente regional e eu também fiquei classificado, no mesmo sistema de vagas. E em 2000, assumi Bagé”, ressalta.
Na superintendência do aeroporto de Bagé, Heron atuou, em sua primeira oportunidade, de 2000 a 2009. Posteriormente, em meio a uma remodelação da empresa, assumiu o aeroporto de Pelotas. “Em 2009, houve uma reestruturação da Infraero. Na região Sul, éramos 33 aeroportos. E dos 33 cargos de superintendentes, assumiram 32 profissionais novos. Só eu fiquei. Então, fui convidado para ir a Pelotas, pois, o superintendente de lá tinha sido transferido para Porto Alegre, para ocupar o setor comercial”, enfatiza.
Em Pelotas, Heron trabalhou até 2012. Segundo ele, a meta inicial era de um plano de oito anos. Entretanto, conseguiu resolver em dois anos e meio. “Montamos uma equipe muito boa, com participação ativa nas ideias. Tínhamos muito serviço a ser feito, mas o pessoal me deu muito apoio”, ressalta.
De Pelotas, Heron foi, novamente, convidado para assumir outro aeroporto, dessa vez, o de Uruguaiana. “Houve um problema de saúde do superintendente e ele teve que voltar para o Rio de Janeiro. E como eu já estava fora de casa, era mais fácil para a empresa me deslocar. O tempo previsto era de cinco anos, porém, conseguimos fazer o serviço em menos tempo. Fiquei em Uruguaiana até 2013, pois, tive um problema de doença na minha família e tive que voltar para Bagé”, frisa.
Nesse retorno, Heron teve sua segunda oportunidade de atuar como superintendente em sua terra natal, cargo que exerceu até 2018. “Fui o único funcionário que administrou os três aeroportos do Sul do Rio Grande do Sul e isso é raro, em função das políticas da empresa. Também fui convidado para trabalhar na sede em Brasília e na regional, em Porto Alegre, mas, por questões pessoais, agradeci”, comenta.
Vale ressaltar que, hoje, a função da superintendência em Bagé é exercida por Anílson Silveira Gonçalves, que trabalhou com Heron em Pelotas.

Satisfação com o emprego
Após ter refletido sobre trajetória, Heron foi questionado pela reportagem sobre o valor da aviação para sua vida. A resposta foi a seguinte: “iniciei na Infraero na minha mocidade, com 18 anos. A aviação é uma cachaça que, quem bebe, não esquece jamais. Todos que são ligados à aviação são assim. Parece que impregna na pele e não sai mais”, declara.
Em 2018, Heron iria se aposentar e encerrar sua jornada na aviação. Entretanto, permaneceu na empresa, agora, com outra finalidade. “É necessária à oxigenação e dar espaço para os jovens. Porém, também é preciso levar em conta o método que é usado pelos chineses. Eles deixam ao lado de quem comanda uma pessoa que conhece a temática da empresa e a experiência da vida para ficar no aconselhamento. Inclusive, acredito que se isso fosse vivido mais dentro das empresas, elas durariam mais. Os papéis dizem uma coisa, a vivência diz outra. Mas se tu conseguires conciliar os dois, daí, tu vais para frente”, finaliza.

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