MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

Cidade

Bagé recebe exposição de gravuras da artista Zoravia Bettiol

Publicada em 03/07/2019
Bagé recebe exposição de gravuras da artista Zoravia Bettiol | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
A Xilogravura de Zoravia Bettiol: Restauração, Impressão e Visibilidade traz 40 gravuras de matrizes restauradas, criadas entre 1965 e 1998

A exposição A Xilogravura de Zoravia Bettiol: Restauração, Impressão e Visibilidade, que traz 40 obras em complementação de tiragem e reimpressões, abre hoje (3 de julho), às 19h, no Complexo Cultural do Museu Dom Diogo de Souza. As gravuras - inspiradas na literatura, na mitologia e na história - compõem um amplo painel do universo cultural, social, político, afetivo e intelectual vivenciado pela artista visual, que completa 84 anos em 2019.
A gravura é uma das mais significativas expressões da obra de Zoravia Bettiol, artista multimídia que se expressa também por meio da pintura, do desenho, da arte têxtil, do design, de instalações e de performances. As obras em exposição fazem parte de nove das treze séries temáticas criadas por Zoravia ao longo de sua profícua carreira: Primavera (1964), Namorados (1965), Gênesis (1966), Circo (1967), Romeu e Julieta (1970), Iemanjá (1973), Deuses Olímpicos (1976), Kafka (1977), Os Sete Pecados Capitais (1987).
A exposição, que foi exibida em Porto Alegre no mês de junho, é a etapa final de um projeto financiado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio do Pró-Cultura RS / FAC - Fundo de Apoio à Cultura.Com duração de nove meses, o projeto traz uma iniciativa inédita de recuperação do valioso patrimônio xilográfico de Zoravia Bettiol, com a restauração de uma parte considerável das suas matrizes gráficas - são 160 peças restauradas, que possibilitaram a impressão e a exposição das gravuras. A equipe de restauração, sob a coordenação da artista, dedicou-se a limpar as placas, vedar falhas na madeira, unir pedaços e colar novas lâminas de madeira em trechos perdidos pela exposição à umidade, ao calor e às pragas.
Esses trechos desaparecidos foram novamente gravados pela artista, num minucioso resgate do desenho original. Também os trabalhos de impressão exigiram rigorosa recuperação da memória das cores utilizadas nas primeiras tiragens e foram produzidas pela artista visando a máxima fidelidade à paleta original. A critério da artista, na reimpressão de uma pequena parcela das gravuras foram feitas algumas modificações cromáticas. Para mostrar ao público todo esse trabalho, a exposição apresenta também algumas dessas matrizes restauradas e painéis contendo imagens e textos que registram o processo de restauro e impressão.
Como forma de contribuir para a ampliação de acervos e a difusão da obra da artista, o projeto também prevê a doação de 48 gravuras para treze instituições de arte brasileiras, como o Museu de Arte do Rio Grande do Sul - MARGS, o Museu da Gravura Brasileira (Bagé/RS), o Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM, o Museu de Arte Contemporânea José Pancetti - MACC (Campinas/SP), o Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP/SP) e o Museu Casa da Xilogravura (Campos do Jordão/SP), entre outros, em cidades de diversos estados do país.


Trajetória da artista
A artista nasceu em Porto Alegre, em dezembro de 1935, em uma família de ascendência italiana e sueca. Estudou no antigo Instituto de Belas Artes, formando-se em pintura em 1955. As primeiras xilogravuras da artista remontam a 1956, quando começou a frequentar o ateliê de Vasco Prado (com quem dividiria parte considerável da vida artística e afetiva). Zoravia começou a produzir em um inspirado momento da história da xilogravura brasileira que fez surgir grandes mestres gravadores no Brasil e no Rio Grande do Sul.
Em 1959, produziu sua primeira série nessa técnica, A Salamanca do Jarau, inspirada no conto homônimo de Simões Lopes Neto. Ao longo das décadas seguintes, consolidou uma admirável trajetória como gravadora, com dezenas de exposições no Brasil e no exterior. Ainda cedo conquistou prêmios importantes, expôs na VI Bienal de São Paulo, em 1961, e obteve largo reconhecimento nacional e internacional, com participações, por exemplo, em bienais e exposições coletivas em Cracóvia, na Polônia (1974), ou em Liubliana, na antiga Iugoslávia (1987).
Foram nove séries diferentes com matrizes de madeira, entre 1965 e 1987, exercitando a verve de ilustradora e contadora de histórias - do lirismo nostálgico do trabalho circense ao peso sombrio do universo kafkiano. Adiante, Zoravia migrou para a serigrafia e passeou por meios sempre diversos, pulando de um ao outro ou justapondo-os. A xilogravura mantém-se como uma das referências maiores de seu percurso inventivo: momento de experimentação e excelência em criação visual.

Galeria de Imagens
Leia também em Cidade
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br