Campo e Negócios
Rio Grande do Sul busca declaração de zona livre de mormo
A solicitação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que o Rio Grande do Sul seja declarado zona livre de mormo foi um dos assuntos abordados durante a reunião da Câmara Setorial de Equídeos, realizada quarta-feira, na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, em Porto Alegre.
O Rio Grande do Sul é o primeiro Estado brasileiro a apresentar essa solicitação ao Mapa. De acordo com Luiz Otávio da Silveira, do Mapa, a Instrução Normativa 06/2018, que determinou as exigências para declarar uma área como zona livre de mormo, é complexa e está sendo estudada pelo Ministério, que está detalhando todos os passos necessários para conseguir essa declaração. "Por exemplo, a questão do inquérito não está fechada, ainda precisamos decidir se será definido pela secretaria ou pelo ministério, servindo de modelo para pedidos futuros de outros estados. Mesmo a amostragem, de cinco mil, não é definitiva", alertou.
Assim que o modelo de inquérito estiver definido e o Estado tiver os resultados dos exames e atingir marca de três anos sem registro de caso confirmado de mormo, a Secretaria solicitará uma auditoria do Mapa, para avaliar o cumprimento das condições técnicas exigidas na IN 06/2018. Com base nessa auditoria, o Mapa vai elaborar um parecer técnico que reconhecerá ou não o Rio Grande do Sul como zona livre de mormo. "Conquistar essa declaração junto ao ministério vai facilitar o trânsito e certificar a qualidade dos nossos animais. Avançar no status sanitário significa, sempre, um impacto positivo nos negócios da cadeia", frisa o coordenador da Câmara Setorial dos Equinos, Antonio Carlos de Quadros Ferreira Neto.
Situação sanitária
A fiscal estadual agropecuária Rita Dulac Domingues, do Programa Estadual de Sanidade de Equídeos, detalhou como se encontra o status sanitário do setor referente às duas doenças que contam com programas oficiais na SEAPDR, o mormo e a anemia infecciosa. Enquanto o mormo teve, de 2015 a 2019, 47 focos da doença – sendo que o último ocorreu em julho de 2017 –, a anemia infecciosa contabilizou 59 focos em 2017, 53 em 2018 e apenas 16 no primeiro semestre de 2019. "Isso demonstra que as ações estão dando certo, estão fazendo decair o número de casos dessa enfermidade", destacou Rita. A fiscal ressalta que os casos de anemia costumam se concentrar em cidades fronteiriças.