Cidade
Acervo do Museu Dom Diogo deve integrar exposição no Iberê Camargo
O diretor executivo da Fundação Iberê Camargo, o bajeense Emílio Kalil, está no município para fazer uma triagem das obras do Grupo de Bagé, Glênio Bianchetti, Danúbio Gonçalves, Glauco Rodrigues e Carlos Scliar, que compõem o acervo do Museu Dom Diogo de Souza, mantido pela Fundação Attila Taborda. A pesquisa está sendo realizada para uma exposição que irá acontecer no último sábado de novembro, em Porto Alegre. Kalil está acompanhado pelas pesquisadoras e curadoras da exposição, Carolina Grippa e Caroline Hädrich, que estão fazendo um levantamento do acervo do museu e a seleção das obras que podem compor a mostra.
Além deles, o museu se prepara para receber a visita do também bajeense Paulo Amaral, que, desde fevereiro, preside o Instituto Brasileiro de Museus. Amaral, que é engenheiro, escritor, curador e artista plástico, se reúne, no sábado, com Kalil e as integrantes da comissão gestora de museus da Urcamp, Maria Luíza Pêgas e Carmem Barros. A visita marca o aniversário de 91 anos de Tarcísio Taborda, celebrado no dia 13 de julho.
Kalil salientou que o principal critério da triagem é a qualidade das obras. Ele disse que a visita a Bagé pode trazer bons resultados através de parcerias e até trazer aportes financeiros para a região. “Estamos construindo essa exposição. São vários passos até chegar ao desenho final", frisa.
Os Quatro de Bagé
Os acervos do Museu Dom Diogo de Souza e Museu da Gravura Brasileira contam com cerca de 300 peças do Grupo de Bagé. Conforme as curadoras Caroline e Carolina, irão compor a exposição, no Instituto Iberê, cerca de 100. A pesquisa está sendo realizada em vários municípios do país. “Estamos buscando obras que não são muito conhecidas e que façam um resgate histórico dos artistas. Eles não faziam somente gravuras”, disse Carolina.
Sobre Kalil
O diretor executivo do Instituto Iberê Camargo, em Porto Alegre, tem 68 anos. Ele saiu de Bagé com 17 anos e é formado em jornalismo. Kalil se dedica, há mais de 40 anos, à produção e à gestão cultural. Foi presidente do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, diretor do Teatro Municipal de São Paulo e diretor do Grupo Corpo, em Belo Horizonte. Produziu espetáculos internacionais para as companhias de Pina Bausch, Merce Cunningham e Trisha Brown. Foi produtor de exposições importantes como a mostra Brasil 500 Anos e atuou como diretor de Produção e Projetos da 29ª Bienal de São Paulo. O bajeense foi Secretário de Cultura da cidade do Rio de Janeiro e presidente da Fundação Cidade das Artes (RJ).
Paulo Amaral
Já Paulo Amaral foi ex-diretor do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Aldo Malagoli (Margs) e está na presidência do Ibram, entidade vinculada ao Ministério da Cidadania (sob o comando do também gaúcho Osmar Terra), desde fevereiro, e responde pela administração direta de 30 instituições do setor.
O bajeense foi responsável pela curadoria e chefiou as atividades do Rio Grande do Sul no Ano do Brasil na França (Saison Brésil-France), da exposição Vasco Prado – A Escultura em Traço e da mostra Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, que integrou a missão cultural do Rio Grande do Sul na República Tcheca, entre outras.