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Sentir e sensibilizar em Santa Fé

Publicada em 19/07/2019
Sentir e sensibilizar em Santa Fé | ELLAS | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Por Rosane Coutinho
Jornalista e fotógrafa

Na semana de aniversário de Bagé, a coluna "Ellas fazem com Amor" se referencia de uma forma toda especial a este município que completa seus 208 anos. Tenho a grande honra de poder trazer aos leitores do Caderno Ellas “A Cidade Cenográfica de Santa Fé!”.

É fácil viver em Bagé, o difícil é conhecer e se entregar aos seus encantos. As rotinas, os compromissos, a falta de tempo, favorecem que as pessoas se mantenham um pouco frias aos encantamentos que a nossa cidade possui. Não sou bajeense, mas como vivo aqui, desde meus seis anos, Bagé é a dona do meu coração. E saibam que nasci bem, sou natural da capital do Estado, mas, infelizmente, Porto Alegre não me tem, risos.

Confesso que toda essa história, que envolve Santa Fé, me atrai. Talvez seja aquele desejo infantil de ser atriz, que faça essa conexão do meu passado com o objetivo que foi criada essa cidade cenográfica. Ao mesmo tempo, tenho o entendimento que além de ser hoje, um ponto histórico que Bagé ganhou, pois foi a cidade escolhida para recebê-la, é hoje, um ponto turístico, com valor real, como patrimônio histórico, cultural e patrimonial. Inúmeras vezes, como fotógrafa, fui até os cenários para captar imagens de mães e filhas, de gestantes, assim como apreciadora, levei visitantes pela primeira vez, para que também tivessem a oportunidade de se encantar por essa atmosfera de voltar ao passado.

História

A cidade cenográfica de Santa Fé surgiu em 2012, quando a Rainha da Fronteira foi uma das cidades escolhidas para compor os cenários da gravação do longa metragem O Tempo e o Vento. Fica no Parque do Gaúcho, a, aproximadamente, sete quilômetros do centro de Bagé. O filme é inspirado na maior obra do escritor brasileiro Érico Veríssimo, O Tempo e Vento, e conta a história da família Terra Cambará até o século 19. Descreve a formação do Rio Grande do Sul, a constituição do Território brasileiro e a estruturação da cultura e demarcação das fronteiras.

Estive mais uma vez no local e lá conheci a equipe de Santa Fé, Silvana Carvalho Silva e Jaime Barbosa Viviam Jr., que atuam com o turismo por lá e são responsáveis pela divulgação. Eles contaram que, desde 2017, o espaço cenográfico passa por processo de revitalização. Os prédios, por serem cenográficos, têm sofrido com as intempéries. Dessa forma, a Associação Cidade de Santa Fé, tem empregado trabalho com o objetivo de levantar fundos e parcerias para construção de forma permanente dos imóveis em alvenaria. Disseram que, hoje, já existe uma emenda parlamentar para a construção do Sobrado Terra Cambará. A Venda do Nicolau, é um exemplo do que é a proposta, para todos outros prédios, pois está aberto à visitação interna e proporcionar uma viagem à época do filme.

'Santa Fé um lugar para sentir', esse é o slogan, que provoca e convida visitantes para que  “sintam” o vento, a memória, a história contada na obra. Jaime é historiador e contribuiu muito para essa matéria. Ele atua, também, como diretor do Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcísio Taborda. Fala do pôr do sol único em Santa Fé, que lá é lugar de buscar suas origens, raízes, os primórdios de um povo. Como historiador, observa a importância de semear, com muito carinho, a percepção nas crianças e adolescentes, pois recorda que foi na sua infância, na década de 90, que devido a passeios em museu, horto, praças e contato com teatro, se apaixonou pela cultura e história. Ele sabe que isso foi decisivo para o rumo que deu para sua vida profissional. “Acredito que para esperar das pessoas é preciso uma contrapartida da gente, pois se visamos pessoas aculturadas, que gostem de cinema, música, história, ambientes que valorizem a memória, é preciso que semeemos e muito. É como uma lavoura. É preciso preparar a terra, semear, irrigar, afastar algumas pragas e aguardar, para aí sim, ter o direito de colher”, reflete o historiador.

ABRACE SANTA FÉ

Ele explica sobre a existência da campanha ABRACESANTAFÉ, que conta com contribuições espontâneas, de toda ordem (materiais de construção, artefatos de época, ajuda na manutenção, monetária ou simplesmente a divulgação nas mídias sociais). A cidade cenográfica abre de quarta-feira a domingo, das 14h30min às 17h30min. “Temos instagram: @abracesantafe, Facebook cidade cenográfica de Santa Fé – Prefeitura de Bagé. 

O fluxo dos finais de semana, nos dias de sol, é de, aproximadamente, 80 pessoas entre sábado e domingo. Nos dias de chuva, não abrem, mas trabalham administrativamente no local. Em muitos dias chuvosos, os visitantes também aparecem para conhecer o local. Dois servidores da prefeitura, um guia em turismo e um historiador exercem a função de contextualização do espaço.

Buenas e me espalho!

Esse é o nome dado ao evento, que acontece no dia 21, neste domingo, no Parque do Gaúcho, mais precisamente neste lugar mágico, que nos proporciona viajar na criatividade imaginando como seriam nossas vidas, emoções e sensações se tivéssemos vivido na época. Ou ainda, pensar em tanto trabalho que gerou para um resultado tão perfeito, para um trabalho cênico tão valioso que divulgou nossas culturas e costumes do Sul ao resto do País. Pois, então, aproveitem e se deliciem em uma tarde para se permitir sentir. A Mateada do Nicolau, promete entrar para história dos bajeenses.

 

 

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