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Museu Dom Diogo de Souza vai expor pedra da Lua

Publicada em 20/07/2019
Museu Dom Diogo de Souza vai expor pedra da Lua | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Pequena rocha foi enviada, pelo governo dos Estados Unidos, ao ex-presidente Médici (na imagem, ao fundo). No início da década de 70, amostra foi entregue ao historiador Tarcísio Taborda

Por Sidimar Rostan

Para conhecer uma parte da Lua, não é preciso percorrer mais de 384 mil quilômetros a bordo de um foguete; sequer sair do país. Basta uma visita ao Museu Dom Diogo de Souza, em Bagé. Um fragmento do satélite natural da Terra, único catalogado em solo brasileiro, será exposto a partir do dia 27 de julho – em homenagem aos 50 anos do primeiro pouso realizado pelo Programa Apollo, em terreno lunar (quando Neil Armstrong se tornou o primeiro homem a pisar na Lua), celebrado neste sábado.
Acomodada em uma pequena esfera de acrílico, em um retábulo de madeira identificado com a bandeira do Brasil que integrou a missão lunar, a pedra de aparência esponjosa pesa 1,1 grama e mede pouco menos de um centímetro. Mas não se engane com as dimensões. A amostra rara (uma entre as 135 que foram distribuídas pelo mundo) é uma prova física da última expedição tripulada à Lua, realizada pela NASA (agência especial dos Estados Unidos).
A pedra confiada à instituição, que é mantida pela Fundação Attila Taborda (Fat/Urcamp), foi entregue ao presidente Emílio Garrastazu Médici, pelo governo dos Estados Unidos. A pequena rocha foi levada, pelo general bajeense, para uma fazenda em Dom Pedrito, antes de ser entregue, no início da década de 1970, ao historiador Tarcísio Taborda, por intermédio do advogado Fernando Sérgio Lobato, amigo do ex-presidente militar, que recebeu o artefato de presente. A peça ficou exposta até 1999, quando uma pedra semelhante, obtida ilegalmente, em Honduras, na América Central, despertou o interesse de colecionadores.
Uma das gestoras dos museus mantidos pela Fat/Urcamp, Maria Luíza Pêgas (Lala), destaca que a procura pela pedra, em Bagé, é constante. “Recebemos ligações com frequência. Também costumamos receber visitantes que querem vê-la”, destaca, ao salientar que a localização da amostra é secreta. “Foi retirada de exposição, no início dos anos 2000. Agora só é exposta em ocasiões especiais, em exposições programadas”, reforça.
Carmen Barros (Lula), que também atua como gestora dos museus mantidos pela Fundação Attila Taborda, adianta que a exposição em homenagem aos 50 anos da chegada do homem à Lua será acompanhada por uma espécie de contextualização histórica. “Muitas coisas aconteceram em 1969. Médici era o presidente do Brasil. Foi o ano em que Pelé marcou seu milésimo gol e que os Beatles fizeram o último show ao vivo. A ideia é contextualizar os acontecimentos daquele ano, destacando a viagem à Lua”, revela.

Mar da Serenidade
Batizada de amostra 70017, a rocha lunar mantida pelo Museu Dom Diogo de Souza foi coletada em 1972, no vale de Taurus-Littrow, localizado na borda sudeste do denominado Mar da Serenidade, ao longo de um anel de montanhas formado entre 3,8 e 3,9 bilhões de anos.
O museu mantido pela Fundação Richard Nixon, presidente dos Estados Unidos entre 1969 e 1974, informa, em seu site oficial, que, após o retorno da Apollo 11, em 1969, uma série de rochas lunares foram enviadas para governos no exterior, salientando que cada um dos 50 estados americanos recebeu uma amostra.
Existe registro de exposição de uma rocha, no Brasil, em 1970. A amostra teria cumprido roteiro extenso de exposições em países da América do Sul. “Depois que a Apollo 17 retornou à Terra, em dezembro de 1972, Nixon organizou o envio de pedras lunares para chefes de Estado de 135 países”, destaca comunicado do museu.

Última missão
O programa Apollo foi desenvolvido em um contexto histórico pontual, marcado pela corrida espacial, uma espécie de disputa política e tecnológica, travada entre a União Soviética e os Estados Unidos, no período da Guerra Fria. A manutenção do projeto foi inviabilizada pelo custo.
A Apollo 17 foi a sexta e última missão no programa Apollo a explorar a superfície lunar, mas a primeira a levar um cientista à Lua. De acordo com informações da NASA, o geólogo Harrison Schmitt integrou a equipe de apoio da Apollo 15. Na Apollo 17, ele serviu como piloto do módulo lunar Challenger. Eugene Cernan era o comandante e Ronald Evans pilotou o módulo América.
A NASA também informa que ‘os dois objetivos principais (da Apollo 17) eram obter amostras de terras altas mais antigas que o impacto que criou a Cratera Imbrium (a área que a Apollo 15 havia explorado) e investigar a possibilidade de um vulcanismo explosivo’. A missão foi cumprida com êxito.
Os astronautas encontraram o solo laranja perto da cratera Shorty. A cor se deve ao vidro vulcânico laranja e preto que se formou no tipo de erupção vulcânica explosiva conhecida na Terra como uma fonte de fogo. “Eles permaneceram na superfície lunar por 75 horas, a mais longa visita até o momento. Com a ajuda do seu rover (veículo utilizado pelas expedições), percorreram mais de 22 milhas (cerca de 36 quilômetros)”, pontua a NASA.
A agência espacial destaca, ainda, que os astronautas ‘implantaram ou conduziram 10 experimentos científicos, incluindo o conjunto de instrumentos do ‘Apollo Lunar Surface Experiments Package’; tiraram mais de duas mil fotografias e coletaram cerca de 110 quilos de amostras de solo e rochas em 22 locais diferentes’.

Destino cobiçado
Apenas os Estados Unidos obtiveram êxito com missões tripuladas à Lua, com o programa Apollo, encerrado na década de 1970. União Soviética e China também realizaram missões não tripuladas à Lua. Japão e Índia organizaram missões à órbita lunar. Em janeiro deste ano, a sonda chinesa Yutu-2 foi a primeira a pousar na face oculta da Lua. Em abril, a sonda Beresheet, primeira tentativa de pouso lunar por uma empresa privada, lançada por engenheiros de Israel, não alcançou o objetivo.

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