Campo e Negócios
Decreto deve aumentar informação de pequenos produtores sobre aplicação de defensivos
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, informou, quarta-feira, que será editado, nos próximos dias, um decreto que promete aumentar a assistência dada aos pequenos produtores para que eles tenham mais conhecimento ao aplicar os defensivos agrícolas nas lavouras.
"O pequeno produtor sabe que o produto é tóxico, mas, às vezes, não se cuida. É isso que a gente precisa resolver. Ele sabe que é tóxico, mas não se cuida na maneira de se proteger pessoalmente", disse a ministra, em entrevista à Rádio CBN Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde ela está de licença esta semana. A ministra criticou a campanha de desinformação sobre os defensivos agrícolas no País e disse que o consumidor brasileiro tem a absoluta segurança de que está se alimentando com produtos saudáveis e sem contaminação. "A pior praga que existe nisso é a desinformação", afirmou Tereza Cristina.
Teresa Cristina contestou, por exemplo, informação divulgada na imprensa de que o projeto de lei sobre defensivos agrícolas, em tramitação na Câmara dos Deputados, tira da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o papel de fiscalizar e autorizar os agrotóxicos que serão comercializados no Brasil, deixando a tarefa a cargo exclusivamente do Ministério da Agricultura. Ela disse que, na verdade, o processo continua sendo conjunto e envolvendo os três órgãos do governo, a única diferença é que a análise poderá ser feita simultaneamente. Atualmente, um órgão analisa o produto e depois fica esperando durante anos o outro fazer o mesmo. A ideia é acelerar o processo.
"A segurança alimentar não pode mudar. Imagina se nós diminuirmos a segurança, o que vamos explicar para o nosso comprador lá fora? O Brasil quer deixar de vender? Ao contrário, temos um esforço enorme para abertura de novos mercados. Isso faz parte de todo um conjunto de medidas para dar segurança ao comprador de nossos produtos. Existe muita radicalização, existe muita desinformação", criticou a ministra.