Cidade
CBF Social debate, em Bagé, momento do futebol brasileiro
No complexo cultural do Museu Dom Diogo de Souza lotado, os bajeenses prestigiaram, na tarde de sábado, o seminário CBF Social, cujo propósito foi trazer à Rainha da Fronteira, atualizações e informações a respeito do panorama atual do futebol brasileiro. Pela primeira vez, o interior do Rio Grande do Sul recebeu o evento cujas tratativas foram viabilizadas mediante articulação do bajeense Cláudio Ibraim Vaz Leal, o Branco, tetracampeão mundial com a seleção brasileira, um dos destaques do seminário. No domingo, as atividades prosseguiram com um festival social no complexo Militão.
Durante o evento, o prefeito Divaldo Lara anunciou que o Executivo protocolou, na Câmara de Vereadores, um projeto de lei para construção de uma estátua, em praça pública, de Branco. O artista responsável pela obra será Sérgio Coirolo, o mesmo que construiu o Analista de Bagé, localizado na Praça da Estação. Em sua fala, Branco destacou o valor da homenagem e falou brevemente sobre o trabalho que tem desenvolvido na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Desde o ano passado, assumiu a coordenação das categorias de base da entidade, função que já tinha exercido na década passada. A ideia é reformular todo processo para que o Brasil volte a conquistar títulos expressivos. Em seguida, a diretoria do Guarany Futebol Clube entregou uma placa em homenagem a Branco.
Palestras
A primeira palestra ficou por conta de Diogo Netto, gerente de Desenvolvimento Técnico, Responsabilidade Social e Sustentabilidade da CBF. Ele aproveitou o espaço para relatar a nova metodologia da entidade, que consiste em utilizar o esporte como ferramenta de inclusão e transformação social. Ele também relatou que o Brasil é um dos candidatos para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2023.
Em seguida, foi a vez de André Jardine, técnico da seleção brasileira sub-20, com o tema “DNA do futebol brasileiro”. Também gaúcho, Jardine teve suas primeiras oportunidades na base de Grêmio e Inter. Depois, trabalhou por quatro anos na base do São Paulo, onde conquistou três campeonatos nacionais. Neste ano, teve uma rápida passagem pelo profissional do clube paulista. Em sua fala, ressaltou essa mudança de pensamento quanto à formação do atleta brasileiro.
Na sequência, foi a vez do analista de Desempenho da CBF, Dudu Bressane, que contou como funciona o processo de análise do adversário e do comportamento coletivo e individual dos jogadores. Com o uso da tecnologia, ele é um dos profissionais responsáveis pelo trabalho de coleta de dados. Na ocasião, contou algumas das experiências com o técnico Tite, durante a conquista da Copa América.
Depois, assumiu o microfone o coordenador nacional da Comissão de Dopagem da CBF, Fernando Solera, que esclareceu várias dúvidas em relação ao doping e o uso de substâncias por parte dos atletas, tanto de forma voluntária quanto involuntária. Durante toda a palestra, trouxe exemplos ocorridos no esporte. Um dos utilizados foi do próprio Branco, quando bebeu água “batizada”, oferecida de forma mal intencionada por jogadores argentinos, nas oitavas de final da Copa de 1990.
Após um breve intervalo, a diretoria de Inclusão Social do Internacional, Nájla Rodriguez Diniz, apresentou a palestra “Gol além do campo: responsabilidade social no futebol”. Na ocasião, falou dos atuais projetos desenvolvidos no Inter. Destaque para a abertura do Ginásio Gigantinho para moradores de rua e a campanha contra o racismo no último Gre-Nal. Em seguida, o observador técnico das categorias de base da CBF, Edgar Pereira, abordou sobre os novos critérios para captação de atletas, com ênfase no contato com clubes menores. Por fim, Branco fez um encerramento, com direito a distribuição de brindes.