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Feira divulga os usos do mel e mostra as potencialidades do Estado
Publicada em 29/07/2019
A primeira edição da Mostra de Mel e derivados da Campanha e Alto Camaquã reuniu, ontem, em Bagé, mais de 20 produtores de vários municípios do Estado. O evento teve como objetivo mostrar a produção e de produtos alimentícios (como balas, biscoitos e pães), também itens medicinais e cosméticos que tiveram o mel como matéria-prima, como xampus, hidratantes e sabonetes.
Segundo o coordenador da Casa do Mel, Domingos Braga, houve a participação de produtores de Canguçu, Piratini, Pelotas, Lajeado, Bagé, Dom Pedrito, Caçapava do Sul, Aceguá, Hulha Negra e Bagé. Ele ressalta que foram apresentadas palestras e uma mesa redonda com os participantes. “No final, foi produzido um documento com reivindicações do setor, que será encaminhado para as autoridades estaduais”, comenta.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciências, Tecnologia e Inovação, Bayard Paschoa Pereira, informa que além da comercialização, a feira atingiu todos os objetivos, porque mostrou as potencialidades dado mel e tudo o que é possível fazer com os derivados. “Apresentamos um pouco de tudo e a população teve acesso aos apicultores. Essa é uma prática da pasta realizada em todos os seguimentos econômicos do município”, informa.
Pereira também destaca a produção da Casa do Mel como um dos destaques do evento, que surgiu como forma de estreitar os laços do trabalho desenvolvido pelos apicultores da região com a população. Ele informa que a produção regional de mel é de cerca de 800 toneladas por ano.
Silvani Vargas dos Santos veio, há seis anos, para produzir mel em Bagé. Ela relata que o clima é melhor para as abelhas, no comparativo com São Leopoldo, onde produzia antes. Silvani apresenta produtos diferenciados, como o meldolate, pão de mel, licores, própolis e polén.
Para o apicultor e proprietário da empresa Mel do Tio Gerson, Gerson Fensterseifer, que é um dos maiores produtores do Estado, o setor passa por dificuldades devido ao baixo preço. Ele explica que o quilo do produto no atacado é de R$ 4,5, enquanto a cerca de dois anos, era de R$ 12. “O mel do Estado tinha muita qualidade e exportávamos mais de 50% do que produzíamos, mas, devido à contaminação de agrotóxicos, o mercado internacional se fechou para o produto brasileiro e, com isso, o preço baixou”, lamenta.
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