MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

Campo e Negócios

Propriedade rural elimina erosões e reduz impacto da seca com uso de plantio direto

Publicada em 30/07/2019
Propriedade rural elimina erosões e reduz impacto da seca com uso de plantio direto | Campo e Negócios | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Arno Bruno Weis, proprietário da Fazenda Bianco, é natural de Hulha Negra

Antes conhecida como “fazenda das erosões”, a Fazenda Bianco, de Arno Bruno Weis, hoje é referência como produtora de água e agricultura conservacionista no Brasil. Situada na área do município de Cabeceiras de Goiás, a 130 quilômetros de Brasília, a fazenda mantida pelo produtor rural, que é natural de Hulha Negra, na Campanha gaúcha, eliminou as erosões da área e realimentou as nascentes de água em um período de 20 anos. O trabalho desenvolvido na propriedade foi destacado por reportagem especial, produzida pela coordenação de comunicação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Além da cobertura do solo, Weis pratica a rotação de culturas e obedece ao vazio sanitário para controlar a incidência de pragas e doenças. Em uma área aproximada de mil hectares, a fazenda produz milho, soja, feijão e trigo mourisco. Em 2018, a colheita rendeu 150 mil sacos de milho safrinha, 40 mil sacos de soja e 24 mil de feijão. “Após a colheita, a gente consegue manter uma planta de cobertura que vai proteger o solo no final da chuva, e, na época seca, vai manter mais matéria orgânica. Então, é um ciclo que se alimenta e se sustenta melhor, é um ciclo de sustentabilidade e conservação”, comentou Walter Fretta Weis, engenheiro agrônomo da fazenda, à reportagem do Ministério.

Agricultura de precisão
A reportagem publicada no site do Ministério destaca que, ‘na Fazenda Bianco também são utilizados quadriciclos para agricultura de precisão, com o objetivo de mapear as diferenças de qualidade do solo em toda a extensão da propriedade. Para atender à legislação ambiental, a propriedade mantém uma área de reserva legal que corresponde a 30% de toda a área de produção da fazenda. E nas áreas degradadas, foram plantadas algumas árvores nativas do cerrado’.
Como a propriedade está situada próxima a uma rodovia, o produtor adequou as margens da estrada com a nivelação de barrancos e o plantio de eucaliptos para conter a água da chuva. Na sede da fazenda, a casa foi projetada para captar umidade e conta com um sistema natural de aquecimento de água. “Aproveito a natureza e tudo o que ela pode oferecer”, disse Weis.
Com os resultados na redução do impacto ambiental, a fazenda atrai todos os anos muitos visitantes, inclusive de outros países. Em 2011, o proprietário recebeu o Prêmio Goiás de Gestão Ambiental e por duas vezes foi condecorado com menções honrosas por melhor produtividade de milho da América Latina.

Conhecimento
Arno Weis começou as atividades agropecuárias em 1966, em Hulha Negra. Toda a família é envolvida com agricultura há muitas gerações. Com o objetivo de desbravar novas áreas de produção, o produtor se mudou para o Centro-Oeste no início da década de 80. Depois de passar por diferentes cidades, o fazendeiro se estabeleceu em 1995 com sua família em Cabeceiras de Goiás.
Aos 73 anos de idade, Weis guarda relíquias para destacar o avanço da agricultura, como tratores e outros tipos de maquinários agrícolas. Ele permanece ativo não só na condução da fazenda como na mobilização de jovens produtores da região para aderir ao plantio direto e outros processos de agricultura sustentável. “Assim como os outros me ensinaram, eu tenho a obrigação de passar adiante”, comenta Weis, que também preside o Sindicato Rural de Cabeceiras e integra o Conselho Estadual Comunitário de Segurança Rural.
O filho Weis, que é agrônomo, destaca que, ‘pensando em uma agricultura de larga escala, o plantio direto gerou um benefício enorme para o meio ambiente, evitando degradação do solo e melhorando sistema de cultivo’. “Hoje, a gente consegue fazer duas safras, safra e safrinha, o cultivo aguenta mais tempo no período de veranico e de falta de chuva. Então, o plantio direto, a meu ver, é um dos principais meios conservacionistas que a gente tem hoje na agricultura em larga escala”, completa Walter Weis.

Sustentabilidade
O sistema de plantio direto, conforme definição da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), tem como princípios básicos a cobertura de solo, a rotação de culturas e o não revolvimento da terra para não degradar a área no momento da semeadura. O Brasil tem 32,87 milhões de hectares de área cultivada sob plantio direto, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados pela Federação Brasileira de Plantio Direto. A técnica pode ser aplicada em propriedades de pequeno, médio ou grande porte. O Censo Agropecuário do IBGE de 2017 aponta que 19% dos estabelecimentos agropecuários do país utilizam o sistema de plantio direto, 36% praticam cultivo mínimo e 45% plantam de forma convencional.
Introduzida no interior do Paraná, na década de 1970, a técnica de plantio direto é considerada a primeira revolução das práticas agrícolas no Brasil. O sistema diminui o uso de máquinas e tratores reduzindo, assim, a emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. O plantio direto é uma das principais tecnologias que integram o Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No início do mês de julho, representantes da Federação Brasileira de Plantio Direto apresentaram ao Ministério o projeto intitulado “Sistema Plantio Direto: base para Agricultura Sustentável”.
Elaborado por especialistas e técnicos de diferentes instituições, o projeto pretende criar uma base de dados que permitam quantificar os benefícios do sistema, como a capacidade de recuperação de matéria orgânica do solo e indicadores de qualidade, e incentivar a formulação de políticas de incentivo à agricultura sustentável. “Esse projeto prevê a construção de modelos para avaliar o quanto de carbono orgânico fica retido no solo em diferentes biomas brasileiros”, explicou Maurício Carvalho, agrônomo que atua na Coordenação de Conservação do Solo e de Água do Mapa.

Galeria de Imagens
Leia também em Campo e Negócios
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br