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Zoravia Bettiol realiza visita guiada gratuita à exposição de gravuras
Publicada em 01/08/2019
A Xilogravura de Zoravia Bettiol: Restauração, Impressão e Visibilidade, em cartaz no Espaço Cultural do Museu Dom Diogo de Souza, mantido pela Fundação Attila Taborda (Fat/Urcamp), em Bagé, traz 40 gravuras de matrizes restauradas, criadas entre 1965 e 1998. Hoje, uma visita guiada marca o encerramento da exposição. A entrada é franca.
A artista Zoravia Bettiol realiza a visita guiada às 14h. A exposição traz 40 obras em complementação de tiragem e reimpressões. As gravuras (inspiradas na literatura, na mitologia e na história) compõem um amplo painel do universo cultural, social, político, afetivo e intelectual vivenciado pela artista visual, que completa 84 anos em 2019.
A gravura é uma das mais significativas expressões da obra de Zoravia Bettiol, artista multimídia que se expressa também por meio da pintura, do desenho, da arte têxtil, do design, de instalações e de performances. As obras em exposição fazem parte de nove das treze séries temáticas criadas por Zoravia ao longo de sua profícua carreira - Primavera (1964), Namorados (1965), Gênesis (1966), Circo (1967), Romeu e Julieta (1970), Iemanjá (1973), Deuses Olímpicos (1976), Kafka (1977), Os Sete Pecados Capitais (1987).
Artista multimídia
Zoravia Augusta Bettiol nasceu em Porto Alegre, em dezembro de 1935, em uma família de ascendência italiana e sueca. Estudou no antigo Instituto de Belas Artes, formando-se em pintura em 1955. As primeiras xilogravuras da artista remontam a 1956, quando ela começou a frequentar o ateliê de Vasco Prado (com quem dividiria parte considerável da vida artística e afetiva).
Zoravia começou a produzir em um inspirado momento da história da xilogravura brasileira que fez surgir grandes mestres gravadores no Brasil e no Rio Grande do Sul - onde foram criados o Clube de Gravura de Porto Alegre e o Grupo de Bagé, nos anos 1950. Em 1959, produziu sua primeira série nessa técnica, A Salamanca do Jarau, inspirada no conto homônimo de Simões Lopes Neto. Ao longo das décadas seguintes, consolidou uma admirável trajetória como gravadora, com dezenas de exposições no Brasil e no exterior. Ainda cedo conquistou prêmios importantes, expôs na VI Bienal de São Paulo, em 1961, e obteve largo reconhecimento nacional e internacional, com participações, por exemplo, em bienais e exposições coletivas em Cracóvia, na Polônia (1974), ou em Liubliana, na antiga Iugoslávia (1987).
Foram nove séries diferentes com matrizes de madeira, entre 1965 e 1987, exercitando a verve de ilustradora e contadora de histórias - do lirismo nostálgico do trabalho circense ao peso sombrio do universo kafkiano. Adiante, Zoravia migrou para a serigrafia e passeou por meios sempre diversos, pulando de um ao outro ou justapondo-os. A xilogravura mantém-se como uma das referências maiores de seu percurso inventivo: momento de experimentação e excelência em criação visual.
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