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No Museu Dom Diogo de Souza, 50 degraus te levam até a Lua
No Museu Dom Diogo de Souza, 50 degraus te levam até a Lua
No dia 20 de julho de 1969, ocorreu o maior feito na história da humanidade, a exploração espacial, quando o astronauta Neil Armstrong desembarcou do módulo lunar Eagle e se tornou o primeiro homem a pisar na Lua. Neste mês, o incrível acontecimento completa 50 anos.
Para comemorar meio século desse feito, o Museu Dom Diogo de Souza, mantido pela Urcamp, organizou a exposição 50 degraus te levam até a Lua. Momento mais que especial para colocar em destaque para apreciação de todos, a pedra da Lua, que faz parte das relíquias que integram este relevante acervo de valor histórico imensurável para nossa cidade, Estado e País.
O fragmento lunar do Vale do Berço do Touro, que pode ser conferido durante a exposição, foi coletado pela Apollo 17, em 1972. Trata-se de uma doação realizada pelo ex-presidente General Emílio Garrastazu Médici a Tarcísio Antônio da Costa Tabora para ser incluído no Acervo do Museu Dom Diogo. A pedra ficou exposta até 1999, mas há quase 20 anos estava guardada por questões de segurança.
Agora, para celebrar essa data especial, a equipe gestora dos Museus de Bagé se reuniu para organizar a mostra que traz em seu contexto, uma coletânea de reportagens, e imagens de fatos que ocorreram na época. A exposição traz um belo apanhado de material de pesquisa histórica de fatos relevantes que aconteceram em 1969, em Bagé, Brasil e no mundo.
O presente de Emílio Médici
O general bajeense Emílio Garrastazu Médici, presidente do Brasil de 1969 a 1974, foi o responsável pelo doação da Pedra da Lua ao Museu Dom Diogo de Souza. A doação foi feita em 1973 ao militar que comandou o País e recebeu esse presente do então presidente americano Richard Nixon. O fragmento foi parar no museu, por intermédio do advogado Fernando Sérgio Lobato Dias, que costumava visitar o ex-presidente em sua fazenda, em Dom Pedrito. Ao apresentar sua coleção particular de relíquias perguntou se ele se interessava por algo. Ficou dividido entre a camisa do Roberto Rivellino, campeão do mundo em 70, mas acabou escolhendo a pedra da Lua, que, logo, foi entregue ao historiador Tarcísio Taborda, que saberia cuidar do contexto de sua exibição para a comunidade.
A pedra trazida da Lua por astronautas, tem aspecto de carvão e está acomodada em cilindro de acrílico pouco menor do que uma laranja. A redoma foi fixada em uma placa de madeira, com inscrições em inglês falando em "símbolo do esforço humano". A pedra é um dos 78 fragmentos da Lua existentes no mundo, o que ficou do legado das 378 amostras das duas únicas expedições americanas, feitas pela Apolo 11 e Apolo 17.
"A pedra da Lua"
Ela torna-se símbolo da ciência e da infinita capacidade humana de sonhar, transformar e evoluir. Esta exposição, portanto, é uma celebração da arte, da ciência e do espírito científico humano, que nos desafia a superar integralmente as formas de ignorância e intolerância às manifestações de vida do universo.
Uma pedra apenas que assinala o poder incomensurável da aventura humana. Nos amplia, nos faz irmãos do cosmos, planetários e capazes de compreender nossa história e construir projeções de nossa futura sobrevivência.
Guardamos, aqui, na nossa pequena Bagé, o universo e os sonhos da humanidade. Este é o momento de alçar voo, aqui e agora.
* Texto extraído da exposição
Visitações
O Museu Dom Diogo de Souza funciona de terça a sexta-feira, das 8h30min às 11h30min, e, aos sábados e domingos, das 14h às 18h.