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Fogo Cruzado

Mourão recorda adolescência em Bagé durante homenagem na Câmara

Publicada em 07/08/2019
Mourão recorda adolescência em Bagé durante homenagem na Câmara | Fogo Cruzado | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
"Um momento extraordinário", afirmou vice-presidente

Sem esconder a emoção, durante discurso na sessão solene em que recebeu o título de cidadão bajeense, na noite de segunda-feira, 5, o vice-presidente da República, general Antonio Hamilton Martins Mourão, recordou a adolescência na Rainha da Fronteira, qualificando a homenagem da Câmara de Vereadores de Bagé como ‘um momento extraordinário’.
Diante de amigos e familiares, Mourão destacou que seu pai, general de divisão Antônio Hamilton Mourão, comandou a 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, em Bagé, desenvolvendo uma relação particular com a cidade. “Veio para Bagé depois da guerra, em 1948. Não havia passado no difícil concurso da escola de Estado Maior. Conheceu minha mãe (a bajeense Wanda Coronel Martins), que tinha uma inteligência privilegiada e o colocou para estudar. A partir daí, foi e voltou para Bagé. Por isso essa grande simbiose que nossa família sempre teve com a cidade”, pontuou, ao relembrar a infância na casa da avó, na rua João Telles.
Mourão, que é natural de Porto Alegre, residiu na Rainha da Fronteira em duas oportunidades. “Vim morar no final dos anos 50, início dos anos 60. Aqui fiz o primeiro ano, no Espírito Santo. Lembro da irmã Estefânia e da irmã Fidélia. Depois estudei com a professora Dalva Coutinho”, disse. Após morar no Rio de Janeiro, retornou para Bagé, na década de 70. “Voltei na adolescência. Foi uma época sensacional, de esperança. Época do milagre econômico (durante o governo do general bajeense Emílio Garrastazu Médici), com a cidade desabrochando. Fiz aquelas que talvez sejam as grandes amizades da minha vida”, definiu.
O vice-presidente também mencionou as matinês do cinema Avenida (com dois filmes e um seriado) e as trocas de gibis na frente do (cinema) Glória. “A cidade era bucólica. O Exército tinha um armazém reembolsável perto da Praça da Estação. Íamos fazer as compras e levávamos para casa de carroça. A disputa era para saber que iria na carroça”, recordou. Sem falar sobre política, Mourão também recordou o bar do Cabral. “Ali convivíamos sem sectarismos, sem divisões. Tínhamos os nossos comunistas, os trotskistas e os direitistas, mas éramos amigos. Isso estava acima de tudo. Essa cidade me ensinou isso. E essa cidade me trouxe a pessoa mais importante da minha vida, que foi a Betinha (a bajeense Ana Elisabeth Rossell, sua primeira esposa). Comecei a namorar Betinha pouco antes de ir para a academia militar. Ela me conduziu de cadete a general do Exército e me deu dois filhos, que nos deram cinco nestos”, finalizou.

Registro bajeense
Sugerido pelo vereador Antenor Teixeira, do Progressistas, o título de cidadão bajeense foi aprovado pela Câmara, em julho, com apenas uma abstenção (do vereador Lélio Lopes, do PT). Durante discurso que abriu a sessão, na segunda-feira, o parlamentar qualificou Mourão como ‘uma das mais ilustres personalidades da nação brasileira’. “Mourão já é um filho de Bagé. Faltava apenas o registro, que estamos entregando agora”, afirmou.

Guri das medalhas
Ao destacar que o gosto do homenageado pelo Exército foi despertado muito cedo, Antenor  revelou o apelido dado a Mourão pelo então coronel Emílio Garrastazu Médici. “O chamava de guri das medalhas, pois quando ele visitava seu pai, Mourão listava cada uma das medalhas que ornavam sua farda”, revelou.

Maior título
Antes de tornar públicos os pedidos apresentados ao vice-presidente, o prefeito de Bagé, Divaldo Lara, do PTB, classificou a concessão do título de cidadão bajeense como ‘o maior título da vida de Mourão’. “Ser cidadão bajeense é algo tão forte, tão impactante, que sua família, aqui presente, jamais esquecerá esta noite”, resumiu, ao salientar que esteve ao lado de Mourão, na campanha eleitoral de 2018.
Divaldo adiantou detalhes sobre projetos das escolas cívico-militares, reforçando que a proposta havia sido discutida com o vice-presidente em janeiro, em Brasília. O petebista agradeceu a Mourão por aceitar ‘a luta pela implementação do curso de medicina’, em um pedido feito em conjunto com a Urcamp, e também pelo apoio ao projeto de ‘construção do hospital da criança no município’.
Na oportunidade, a reitora da Urcamp e presidente da Fundação Attila Taborda, professora Lia Maria Herzer Quintana, que prestigiou o evento de homenagem ao vice-presidente da República, juntamente ao prefeito, entregou a proposta que viabiliza a implantação do curso de Medicina no município de Bagé.

Homenagem
Mourão foi o primeiro vice-presidente da República a receber o título de cidadão bajeense. O Legislativo já havia aprovado decreto concedendo título de cidadania para o presidente João Goulart (Jango), em outubro de 1961. Na mesma data, a Casa aprovou o título de cidadão bajeense para o então governador Leonel Brizola. Desde então, mais de 130 títulos foram concedidos pela Câmara, homenageando personalidades de diferentes áreas de atuação. No terreno do esporte, por exemplo, em novembro de 1971, os parlamentares aprovaram o decreto legislativo 217, que confere título de cidadão bajeense a Edson Arantes do Nascimento (Pelé).

Agenda
A sessão durou 50 minutos. Mourão atendeu amigos e familiares, mas não concedeu entrevista coletiva. O vice-presidente deixou o Legislativo pelo acesso lateral. Um forte esquema de segurança havia sido preparado, com detectores de metais na entrada da Câmara. Na saída, o general foi recebido com uma pequena manifestação.
Mourão foi conduzido à Loja Maçônica Amizade Nº 142, na avenida general Osório. A imprensa não pôde acompanhar a palestra do vice-presidente. O general pernoitou em Bagé e se deslocou para Santa Cruz do Sul, na manhã de ontem, para participar da edição especial do Projeto Gerir – Workshops de Gestão Organizacional, uma iniciativa da Gazeta Grupo de Comunicações, que integra a Associação dos Diários do Interior do Rio Grande do Sul (ADI-RS).

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