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Corte de árvores de projeto Silvipastoril começa a ser realizado
Publicada em 16/08/2019
Uma iniciativa implantada em 2012, junto à localidade do Corredor dos Brasil, em Bagé, foi retomada esta semana. O Projeto Silvipastoril, que busca orientar e incentivar para o melhor aproveitamento de áreas produtivas, registrou, quinta-feira, o começo do corte e raleio das árvores.
A ação é resultante de parceria entre Emater/RS-Ascar, Embrapa Pecuária Sul, Urcamp, Prefeitura e IFSul, envolvendo 17 propriedades de pecuaristas familiares. Na época, foram implantadas unidades silvipastoris para a integração do plantio de árvores de eucalipto, pastagem e gado. Foram feitas as plantações das árvores e, atualmente, a Emater/RS-Ascar e Embrapa Pecuária Sul fizeram todas as tratativas entre produtores e madeireira. Dentre os produtores que aderiram ao projeto, inicialmente, três estão participando do manejo. A ideia é que todos os interessados façam parceria com uma única madeireira de Bagé.
De acordo com o gerente adjunto do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, Rodolfo Perske, o objetivo do projeto é melhorar a pecuária e produzir madeira para uso na propriedade como moirões para as cercas. "O projeto se torna muito importante economicamente para o produtor, pois ele não precisa gastar para comprar moirões, podendo usar a própria madeira na propriedade, sendo um benefício direto", enfatiza. Além disso, ele destaca que o projeto traz um benefício indireto ao produtor, pois, no momento em que é feito o raleio das árvores, acaba sobrando espaço para as árvores que não são cortadas, deixando-as mais grossas rapidamente.
"O projeto foi feito também visando as árvores que vão estar lá daqui 15 anos. Neste caso é necessário que sejam selecionadas e mantidas as melhores, para terem espaço para crescer e não competirem entre elas. Estas melhores serão transformadas em tábuas, com valor comercial maior para o produtor", acrescenta.
O analista da Embrapa Pecuária Sul, Marco Antonio Karam Lucas, ressalta que a adoção da atividade florestal integrada com a pecuária na mesma área traz muitos benefícios para as propriedades da região, por incrementar a renda, gerar madeira para o consumo da própria propriedade e preservar o meio ambiente sem alterar a forma com que os produtores criam seus animais. "A região também é beneficiada, pois a renda gerada pelas árvores movimenta o comércio de produtos e de serviços, gerando riquezas e empregos. O projeto é fundamental para o desenvolvimento de novas atividades econômicas na região, uma vez que os produtores recebem o suporte necessário para a implantação e condução desses novos sistemas de produção", destaca.
Segundo o produtor rural e um dos primeiros contemplados com o corte e raleio das árvores, Pedro Brasil, o projeto tem um alcance grande, embora a área atingida na propriedade seja pequena, com três hectares. "No meu caso, eu recuperei uma área de campo nativo sujo, e pude proporcionar bem-estar aos meus animais, com sombra no verão e proteção no inverno. Além disso, é possível agregar o benefício da madeira, utilizando para diversos fins, como moirões, lenhas e postes", frisa.
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