Campo e Negócios
Governador lança programa para melhorar redes de distribuição de energia
O Rio Grande do Sul tem mais de 506 mil propriedades rurais eletrificadas – próximo de 100% do total. Porém, somente pouco mais de um terço são redes trifásicas, causando um gargalo no desenvolvimento destas propriedades e na economia do Estado.
Com o intuito de qualificar as redes de distribuição de energia elétrica na zona rural gaúcha, o governo aproveitou a vitrine da maior feira do agronegócio do Estado para lançar, ontem, o programa Energia Forte do Campo, em cerimônia na casa do Sistema Ocergs-Sescoop/RS na Expointer 2019. Por meio de financiamento do BRDE, o projeto prevê investimentos em obras de melhorias e transformação para rede trifásica. O público-alvo são os produtores organizados em cooperativas ou associações.
"O povo gaúcho é empreendedor, trabalhador e talentoso, mas se não houver energia forte, não terá capacidade de transformar o talento e o trabalho em produtividade. A cadeia leiteira, por exemplo, é afetada exponencialmente: quanto mais ordenhadeiras e resfriadores, maior será sua capacidade de produção, além da redução de custos. E para ter o maquinário, é fundamental a rede trifásica. Por isso, buscamos formatar um programa capaz de atender essa demanda, que vai impactar em toda a economia do Estado", afirmou o governador Eduardo Leite.
Conforme explicou o secretário de Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos, o Energia Forte no Campo está sendo lançado neste ano para dar início à formação de parcerias com cooperativas, concessionárias e municípios – e, quem sabe, também do governo federal – para começar a ser implementado no ano que vem, seguindo até 2022.
Já na primeira fase, ano que vem, o programa deve beneficiar 1,2 mil propriedades rurais do Estado, com a construção de 365 quilômetros de redes trifásicas. Para isso, o programa prevê uma linha de crédito de R$ 20 milhões do BRDE, com carência de dois anos e oito anos para pagamento. O custo do investimento será dividido entre produtores, cooperativas, concessionárias, permissionários, prefeituras e governo do Estado. “Já garantimos R$ 4 milhões no orçamento do Estado para 2020. Mas queremos ampliar esse montante no ano seguinte para, no mínimo, R$ 10 milhões”, anunciou Leite.