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Campo e Negócios

Equipamento que promete melhorar produtividade em lavouras passa a ser usado na região

Publicada em 07/09/2019
Equipamento que promete melhorar produtividade em lavouras passa a ser usado na região | Campo e Negócios | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Trabalho auxilia na retenção de umidade e controle de invasoras

Há pouco mais de duas décadas atuando na região da Campanha, o produtor rural Luís Rogério Maske decidiu investir em uma nova tecnologia para aprimorar a produtividade de sua lavoura de soja junto à propriedade de cerca de 500 hectares, localizada em Hulha Negra, na divisa com a Usina Termelétrica Pampa Sul, erguida em Seival.

Em meio a uma paisagem que mistura, literalmente, o campo com a indústria, no ano passado, após conhecer um equipamento, fruto de uma busca para tornar o trabalho junto à lavoura mais eficiente, ele decidiu inserir este mecanismo na sua lida. E muito em parte pela visão de que tecnologias podem auxiliá-lo a alcançar novos horizontes. Foi então que estreou, na região, o Rolo Faca Katrina, produzido pela Indutar Tecno Metal, empresa com sede em Ibirubá, no Rio Grande do Sul.
O equipamento realiza o acamamento homogêneo da cobertura vegetal e o manejo da palha, aumentando a durabilidade da matéria orgânica, protegendo o solo no excesso de chuva, na retenção de umidade, no controle de invasores e na preservação dos nutrientes, estabelecendo um estande ideal para o plantio.
"Da maneira que estávamos fazendo, não via a possibilidade de crescimento. Principalmente no cuidado com a palhada. A gente procurou uma maneira de fazer essa palhada. Passamos a fazer o controle e, ano passado, decidimos investir no Katrina, porque ele acomoda esta palha de uma maneira que traz amplos benefícios (...) Nos trouxe um acondicionamento melhor do solo, para que plantas nascessem melhor e eu conseguisse, ainda, ter um controle melhor de invasoras", atesta.
Conforme Maske, porém, os benefícios da nova técnica vão além do aumento de produção por hectare, o que ele já identificou após a primeira experiência. O cuidado com o solo – uma preocupação em sua propriedade, devido a consistência argilosa da terra -, busca garantir uma vida mais longa.
A Indutar, responsável pelo desenvolvimento do equipamento, destaca que a utilização do Katrina possui caráter ecológico. Isso porque o processo aplicado sobre a lavoura acaba, como consequência, preservando o solo 'de tal maneira que mantém a terra produtiva', independentemente do clima. "A ideia é exatamente esta, deitar a matéria (pastagem) para proteger o solo. Isso resulta em uma adubagem, porque ocorre, ao longo do tempo, uma compostagem", frisa o coordenador comercial da empresa, Lucas Luft.
Com base nesse quesito, Maske frisa que, com a projeção de um solo produtivo, por um prazo mais longo, há resultados positivos em outros segmentos em que atua. "Também temos as culturas de inverno e produzimos sementes de coentro, para fornecer a uma empresa de São Paulo, com quem temos um contrato. No caso da soja, tentamos sempre produzir o máximo possível. Nossa meta, para agora, é ousada. Na safra passada, a região produziu, em função do clima e manejo, algo em torno de 32 sacas por hectare, mas nós visamos atingir algo em torno de 45 a 50 sacas", projeta.
E o produtor rural frisa estar confiante. "Com o pacote tecnológico, com adubações, com manejo, creio que alcançaremos nossos objetivos. E isso não é inventar a roda, é fazer o básico (...) Fazendo isso bem feito, a probabilidade de fazer algo eficiente é maior", comentou.
Retorno à produção local
Ver o crescimento da cultura da soja, na Campanha gaúcha, tem despertado a atenção de produtores, que passaram a investir no grão, e, em paralelo, contribuído para a economia. Seja pelo sucesso das vendas, por parte de quem apostou na cultura, mas também para os municípios. No caso de Hulha Negra, como revela o secretário de Agropecuária, Luis Fernando Lima, tal setor impulsionou o desenvolvimento na área rural e tem contribuído com a saúde financeira do Executivo.
"É importante para a economia do município. Hulha Negra tem 1.190 propriedades rurais, mil abaixo de 100 hectares. Nessas menores, temos quase 400 produtores de leite, agroindústrias de queijos, de pães, biscoitos e iogurte. Temos a parte de pecuária de corte e a área da agricultura, que é a soja, que é o carro-chefe. Arroz é em torno de mil hectares, mas a soja é o que vem com maior espaço. E sem essa soja a economia do município cai, a arrecadação cai. Então temos que manter essa lavoura produtiva, para manter o homem no campo, para manter seu funcionário, para manter a propriedade equilibrada e o município com boas finanças", reforça
"Assim nasce um solo campeão"
É com essa citação confiante no resultado gerado pelo Katrina que o coordenador de Marketing de Produtos Próprios, Jonas Queruz, anunciou, durante o Dia de Campo, para o Canal Rural, a chegada do equipamento na região da Campanha. "Um estudo realizado apontou que o produtor, com o uso dessa tecnologia, tem um retorno próximo de 10% (...) Isso sem mudar nada no processo de preparação e cultivo, de uma safra para a outra, além da utilização do Katrina", comenta ao apontar a experiência de Maske, em Hulha Negra, como um exemplo. "Cada vez mais faremos dias de campo, para mostrar nosso produto. Creio que, a partir dos resultados obtidos aqui em Hulha Negra, outros produtores vão se identificar e ver o ganho que isso trará para suas lavouras (...) Eu acho que assim nasce um solo campeão", completa.
Luft, por sua vez, destaca que, para alcançar os atuais resultados, a Indutar investiu, durante quase 10 anos, em estudos profundos. E não apenas no Sul do Brasil, mas em todo o território nacional, devido às diferentes tipologias das culturas cultivadas. "O rolo faca Katrina começou em 2010. Começou com testes, desenvolvimento e pesquisa para chegarmos neste equipamento, que chegou ao mercado em 2015", relembra ao mencionar quatro tipos diferentes de rolos, com variação de 4,5 a 20 metros de largura para atuação na lavoura. "Isso para atender pequenos e grandes produtores. E tipos variados de campo", detalha.
"A ideia inicial era fazer o manejo nas culturas verdes, para amassar e fazer a cobertura do solo. Com isso, fomos desenvolvendo no Centro-Oeste. E lá é diferente daqui, pois o rolo é maior. O mais vendido no Brasil, hoje, é o F5. O peso dele 6,3 mil quilos e, com água, este peso vai para 10,3 mil quilos. A gente pode lastrar o rolo e o suporte, que chamamos de goleira (...) chegamos num conceito de que teríamos que ter um rolo maior, com mais peso, e que tivesse navalhas mais perto uma da outra. Isso lá para o Centro-Oeste, já que lá não usam para culturas verdes, usam na cana seca do milho. E lá precisam picar, não apenas amassar, como é o objetivo aqui no Sul", relatou ao frisar o extenso estudo até chegar em modelos que atendam os diferentes tipos de produtores rurais.
Na propriedade de Hulha Negra, o modelo escolhido por Maske foi o Katrina 9000. Esse produto conta com três rolos de três metros de largura e 60 centímetros de diâmetro cada, compostos por 36 lâminas. O equipamento, em uso, pressiona a pastagem, contra o solo, com um peso médio de 5,7 toneladas. E isso pode aumentar se houver o preenchimento dos rolos com água – suporta 800 litros em cada um deles.
A utilização do equipamento demanda um veículo trator com pelo menos 140 CV de potência, sendo o engate feito por barra de tração ou terceiro ponto. A estimativa da Indutar é que cerca de 10 hectares sejam atendidos a cada hora trabalhada, tendo uma velocidade média de 12 a 14 Km/h.
"Hoje a gente vê, aqui na região, que o pessoal planta alguma cultura verde, mas coloca o gado em cima. Penso que é preciso ter um foco. Se tu queres plantar, ganhar lá na frente, na colheita, tirar mais por hectare, tem que cuidar do solo. Se passar os anos e tu só tirar dele, mas não cuidar, ele vai te cobrar", frisa Luft.
O coordenador comercial destaca que, na região, a empresa atua com duas empresas parceiras. Interessados também podem buscar mais informações direto na empresa, pelo telefone (54) 33249100 ou pelo site www.indutar.com.br.

 

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