ELLAS
Bombas de Chimarrão, expressões de identidades culturais
Exposição itinerante no Museu Dom Diogo
A exposição que teve sua abertura, na terça-feira, foi idealizada pelo designer e mestre em Patrimônio Cultural Ricardo da Silva Mayer como produto de sua pesquisa de mestrado na UFSM, tendo como objeto, em destaque, a tradicional bomba de chimarrão.
Quem passar pelo Museu Dom Diogo, até o dia 30 de setembro, poderá apreciar o material que aborda a importância cultural das bombas de chimarrão, objetos tão familiares, mas, ao mesmo tempo, tão pouco conhecidos.
A partir de publicações dos séculos 16,17 e 18 foi possível investigar sua origem mais remota e reunir imagens para ilustrar o contexto no qual surgiram e se desenvolveram as primeiras bombas de chimarrão.
Origem
Apesar da crença sobre a origem indígena do hábito de tomar mate, não se sabe ao certo ara que e de que moda os indígenas usavam a era até a chegada dos europeus. Há indícios de que antes da influência européia a erva-mate era usada apenas em ocasiões especiais e em rituais de cura.
Relatos dos séculos 17 e 18, feitos por jesuítas e viajantes revelam que os indígenas bebeiam mate direto em tigelas de porongo, sem o auxílio de bomba. Provavelmente o modo de beber mate tal como conhecemos, com cuia e bomba, começou a predominar apenas no final do século 18.
Mostra
Imagens ilustrativas dos séculos XVIII a XX foram obtidas em bibliotecas, arquivos e museus e com artistas em atividade. Fotografias mostram bombas pertencentes a museus e colecionadores.
Bombas de uso cotidiano acompanhadas de trechos de depoimentos de seus proprietários e versos de canções gaúchas apresentam uma abordagem contemporânea sobre as bombas de chimarrão como veículos de expressão das identidades culturais da região.
Uma bela oportunidade para quem quer saber saber mais sobre história, patrimônio cultural, artes, joalheria e design de bombas de chimarrão de diversas épocas estilos e materiais.