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Todo mundo merece ficar bem!

Publicada em 27/09/2019
Todo mundo merece ficar bem! | ELLAS | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Adriana Di Lorenzo
Psicóloga e psicoterapeuta Psicanalítica
adridilorenzo@uol.com.br

 

“Investigar o que nos paralisa é o único passo para a libertação. Falar é o primeiro passo. ”É assim que Caio Barone inicia a série “Sessão de terapia”, que volta após cinco anos para a sua quarta temporada. O remake israelense retorna com mudanças. Selton Mello segue na direção, mas, agora, assume também o papel como protagonista no lugar de Theo, José Carlos Machado.

A série vai acompanhar sessões de quatro pacientes do psicólogo durante sete semanas. De segunda a quinta, há o atendimento da atriz Chiara Ferraz, da adolescente Guilhermina, do executivo Nando e da aposentada Haidée. Além disso, as sextas, é a vez do próprio terapeuta Caio consultar sua supervisora, Sofia.

Selton Mello nos presenteia com uma série que nos dá a chance de pensarmos! Uma série que nos oferece tempo! Apesar de estarmos no século XXI, onde a medicina e o conhecimento evoluem rapidamente e a informação se massifica nas redes com a tecnologia na internet, ainda escutamos que terapia é somente para loucos, que é frescura. E que não temos tempo!

Há um abandono da interioridade e uma busca frenética pela plasticidade, pela felicidade, mesmo que saibamos, como disse Guimarães Rosa, que felicidade, felicidade mesmo, ser feliz como estado permanente, não existe. Acontece, mas em raros momentos de distração!

Assim, não toleramos o tédio, as pausas, as frustrações. Não suportamos a vida como ela é e sempre foi – com seus ciclos, com suas incertezas e tristezas inevitáveis. E nossos filhos, infelizmente, nossos filhos acabam entrando nesta história. Acabamos privando as crianças de frustrações fundamentais para seus desenvolvimentos. Exigimos a felicidade plena! A perfeição plena! Enchemos suas agendas de tarefas e aulas em um processo que o pediatra Daniel Becker chama de “adultização”. Há crianças de cinco, seis anos que já são educadas para serem PhD na profissão futura, essa já decidida por seus pais.

Há cada vez mais sintomas. Há cada vez mais suicídios, sendo o Rio Grande do Sul superior aos outros estados brasileiros nesse triste parâmetro. E, apesar da campanha Setembro Amarelo, apesar de todas as informações veiculadas na mídia e por colegas, profissionais que se ocupam da saúde mental - psicólogos, psiquiatras e psicanalistas - ainda assim escutamos que “se matou para chamar a atenção” ou “se matou por falta do que fazer”.

No livro “Cartas a um jovem terapeuta”, Calligaris afirma que a terapia é um processo de educação para a vida. O paciente aprende sobre ele mesmo, sobre os seus sintomas, sobre sua relação com o mundo, sobre seus desejos e suas limitações!

Fazer terapia é aprender a respeitar o tempo. O nosso tempo. É entender nossa história. É lembrarmos daquilo que esquecemos, daquilo que nos machuca, mas que ainda está ali e que continua a nos atrapalhar! E muito! E enquanto seguirmos fugindo, fingindo, nos iludindo com respostas rápidas e mágicas, seguiremos funcionando da mesma forma, nos repetindo. Do mesmo jeito que nos adoece! Que nos faz sofrer!

A quarta temporada de Sessão de terapia foi ao ar dia 30 de agosto no Globoplay. Selton Mello contou que, após cinco anos afastado, resolveu voltar mantendo o ritmo da série que, segundo ele, tem a alma de uma TV que tinha tempo e um ritmo não acelerado. “Um mundo tão louco, tão materialista, um mundo tão doente! O mundo está precisando de terapia. Investir em você, investir em autoconhecimento, investir em conhecer os seus vazios, as suas dores, as suas fraquezas e as suas forças também. Todo mundo merece ficar bem!”

Cecília Meireles dizia que a vida só é possível reinventada. “...Vem a lua, vem, retira as algemas dos meus braços. (...) Porque a vida, a vida, a vida só é possível reinventada!” Por isso, renove! Tire suas algemas! Desconstrua! Reconstrua! Ressignifique sua história! Dê uma nova chance para si! Afinal, todo mundo merece ficar bem! E você também!

 

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