Cidade
Pesquisa aponta estabilidade no custo da cesta básica em setembro
Realizada mensalmente por docentes e acadêmicos do curso de Administração da Urcamp, a pesquisa do custo do Cesto de Produtos Básicos de Consumo Popular apontou estabilização da variação nos preços de alguns produtos em setembro e, ainda, uma pequena redução, na casa de 1,29%, totalizando o custo em R$ 689,79. No mês anterior, em agosto, o valor total foi de R$ 698,73.
De acordo com os dados coletados pela professora Luciana Saraiva e pelo professor Ricardo Cougo, houve uma pequena redução nos itens do Grupo Alimentação, com valor total de R$ 515,98 em setembro, contra R$ 544,64 em julho/agosto, e uma pequena elevação nos itens dos Grupos de Higiene e Limpeza.
Em setembro, o grupo da alimentação teve uma leve oscilação para menos na variação dos preços dos produtos alimentícios, onde a carne voltou a ter aumento nos preços. Em contrapartida, alguns produtos que vinham tendo altas frequentes registraram queda.
Entre os itens alimentares, por exemplo, uma das maiores baixas foi do feijão preto. Enquanto no mês de agosto 4,5 quilos custavam R$ 33,12, o valor caiu para R$ 17,28 para a mesma quantidade. A farinha de trigo também apresentou redução significativa, com queda de R$ 7,60 por 1,5kg para R$ 3,68. A medida de 9 kg de tomate, que no mês anterior custava R$ 37,46, caiu para R$ 29,50 em setembro. Entre as frutas, a laranja também apresentou redução, já que 2,5 kg custavam R$ 9,11 entre julho e agosto e o valor reduziu para R$ 6,21 em setembro.
Mesmo com a queda de itens alimentares, o aumento do valor de itens de limpeza manteve a cesta básica com valor equilibrado em relação ao mês anterior. Entre os itens de limpeza, o valor total foi de R$ 65,94, enquanto no período anterior os seis produtos pesquisados custavam R$ 54,90. Um dos destaques neste quesito foi o sabão em pó, que teve elevação vertiginosa, de R$ 16,45 por 3kg para R$ 27,11 para a mesma quantidade. Os itens de higiene pessoal também sofreram alta, passando de R$ 99,19 para R$ 107,88 no último mês.
O estudo aponta, ainda, que a partir da análise do salário mínimo nacional vigente, destaca-se o valor do cesto de produtos básicos. Em setembro comprometeu 69,12% do valor do salário mínimo. "Ou seja, um percentual muito elevado para os moradores do município de Bagé", destaca a análise da pesquisa.
Análise
A relativa estabilidade no quadro da cesta básica ainda não é uma condição de que o processo da crise brasileira esteja se revertendo. A pesquisa constatou, ainda, que após a situação de recessão técnica, a pequena melhora na questão do emprego fica identificada pela informalidade, ou seja situação que não assegura uma retomada consistente na condição da empregabilidade.
A crise econômica permanece indefinida quanto a melhora efetiva das perspectivas, a instabilidade econômica mantêm-se pautada pela incerteza da retomada do crescimento econômico. O dólar, segundo a apuração, continua num processo de 'grande oscilação estando nesse momento, num patamar bastante elevado' na de casa R$ 4,15.