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15 de outubro: Dia dos Professores

Publicada em 15/10/2019
15 de outubro: Dia dos Professores | Pauta Especial - Curso de Jornalismo | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Data comemora a atuação dos profissionais responsáveis pelo desenvolvimento do país

por Gabriel de Bem
Acadêmico de Jornalismo da Urcamp

No dia 15 de outubro de 1827, o Imperador do Brasil, Dom Pedro I, decretava uma lei imperial responsável pela criação do Ensino Elementar no Brasil, chamado de "Escolas de Primeiras Letras". A partir daí, todas as cidades deveriam ter escolas de primeiro grau, com regulamentação dos conteúdos a serem ministrados e as condições trabalhistas dos professores. Mais tarde, em 1947, o professor paulista, Salomão Becker, junto com outros três professores, tiveram a ideia de confraternizar em homenagem aos professores dando uma pausa no segundo semestre, que era sobrecarregado de aulas. Com isso, em 1963, o Decreto Federal nº 52.682 oficializou, nacionalmente, este dia como Dia dos Professores e feriado escolar.
Embora o dia internacional do professor seja celebrado no dia 5 de outubro, aqui no Brasil, nesta terça-feira (15) é a data para se homenagear e reconhecer o trabalho desses profissionais. Eles são os responsáveis pelo desenvolvimento da educação e do conhecimento. O número de professores no Brasil passa de 2,5 milhões, segundo censos educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) referentes a 2017. Esse grupo abrange professores que trabalham desde a Educação Infantil até o Ensino Superior.
Mas para se tornar professor, aqui no Brasil, é preciso ter curso superior em alguma área relacionada com ensino, como Pedagogia e qualquer curso que possua a modalidade de licenciatura. É através dessa modalidade que se aprende os principais conceitos didáticos e como lidar com a sala de aula. Para o Ensino Superior, basta uma formação complementar posterior, como pós-graduação, que o profissional está apto para ministrar aulas em universidades. A coordenadora do curso de Pedagogia da Urcamp, Viviane Gentil, é um exemplo de profissional que passou por várias áreas do professorado durante seus 28 anos de atuação.
"Eu já fui professora de educação infantil, anos iniciais, de várias áreas. Hoje sou professora da graduação e tenho a oportunidade de ter vivido vários momentos da classe. Isso pra mim é muito importante, porque, ao fazer uma escolha de ser professor, a gente quer fazer a diferença na sociedade", relata Viviane.
Porém, a profissão ainda possui muitos obstáculos para quem deseja se tornar um professor. Um dos grandes empecilhos é a desvalorização da profissão, pois, mesmo com toda a admiração da sociedade, os profissionais da área, em parte, sofrem com baixos salários, precárias condições e com trabalho excessivo. Isso se dá pelo fato de que o professor sempre foi visto como um profissional que servia a sociedade, sem se preocupar com salários. "Nós professores somos profissionais, acho que não somos missionários, nós somos professores de profissão e essa profissão precisa ser valorizada como tal. Enquanto ainda tiver essa concepção, que a gente faz isso pelo bem da sociedade e não reconhecem que nós tivemos que estudar muito pra ser professor, vai ser bem difícil", afirma a coordenadora.
O dom da docência
A diretora do Instituto Federal Sul Rio-Grandense (IFSul) campus Bagé, Giulia Vieira, é, também, professora de Química e atua há 13 anos na docência. Para ela, é um orgulho ser professora e poder ajudar o aluno a traçar seu caminho. "O professor tem que ter aquela relação do querer estar perto com o estudante, do querer saber o que está acontecendo com o aluno e isso é uma relação extremamente afetiva. De alguma forma eu entendo isso, o aluno precisa estar situado, ele precisa pertencer, precisa querer estar ali, é aí que começa todo o processo da aprendizagem. Aqui a gente convive com muitos alunos, às vezes eles pensam em desistir de tudo, mas uma palavra, um abraço, é capaz de modificar toda uma história", destaca a diretora.
Michele Mendes é coordenadora da educação infantil do Colégio Franciscano Espírito Santo, psicóloga e leciona há 22 anos. Ela acredita que o professor é a base de toda uma sociedade e que é a partir dele que surgem as outras profissões. "Acredito que a educação precisa ser valorizada, porque é a semeadura de todas as outras profissões. Ela é a base, é o alicerce pra tudo, não só nas profissões, mas é a questão dos valores, é a construção pessoal. Mas indiferente de ter uma história de sucesso, eu acho que a gente tem histórias de construção pessoal", enfatiza Michele. Ela se diz realizada em fazer parte deste grupo de profissionais. "Eu me sinto privilegiada de fazer parte, porque eu realmente consigo relacionar aquilo que tenho como objetivo de vida, com a minha atuação profissional. Acho que é na educação que se dá a grande construção da estrutura do ser humano", salienta a coordenadora.
Transformando vidas
As acadêmicas do 6º semestre do curso de Pedagogia da Urcamp, Renata Madeira e Jakeline Pires, relatam que escolheram cursar a graduação pelo amor à sala de aula e a possibilidade de transformar vidas, através do carinho e do amor. "A questão da vulnerabilidade é muito presente. Na minha turma tem umas três ou quatro crianças que estão com o pai e a mãe presos e, às vezes, o professor é a única referência formal que eles têm, de realidade, de esperança e de perspectiva de futuro", conta Renata sobre a importância do papel do professor.
Para Jakeline, a escolha de seguir a carreira surgiu pela referência das professoras que teve durante sua vida. "Eu tive ótimas professoras durante o meu caminho escolar. Quando eu era criança, eu brincava de ser professora então eu pensei, vou ser professora. Desde que eu entrei na Pedagogia eu sempre gostei muito e não me arrependo. Quando a criança dá o retorno, é a melhor coisa, é muito gratificante", declara a acadêmica.
Renata optou pelo curso em busca de uma profissão que desse um retorno emocional a ela. "Eu tenho uma filha e indo na escola, vendo os colegas dela, a carência, eu pensei: Ser professora é única coisa que pode me dar sentido à vida. Porque não é só profissional, é pra vida", conta a estudante.
Uma das histórias que marcaram a carreira da coordenadora do curso de Pedagogia da Urcamp foi quando era diretora de uma escola, onde tinha um curso de educação para jovens e adultos e um aluno, adulto, que antes de entrar no curso era analfabeto, conseguiu terminar o Ensino Fundamental. Na formatura, esse aluno se tornou o orador da turma. "No discurso, ele disse assim: professora Viviane, quero lhe dizer uma coisa, eu morava numa casa de madeira e na minha casa tinha frestas e eu sempre ficava pensando o que eu ia fazer para eu melhorar de vida e melhorar aquela condição. Mas no momento que eu comecei a estudar, eu percebi que as frestas eram eu mesmo que tinha que tapar, eu tinha que fazer aquilo, eu tinha que consertar o cano da minha casa, eu tinha que fazer diferença na vida da minha família", conta, emocionada, Viviane. Segundo ela, hoje o rapaz é empresário na cidade onde mora.

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