Cidade
Clube Comercial mantém atividades até final do ano
Mesmo com a definição de dissolução e venda do patrimônio, definida em julho, o Clube Comercial de Bagé continua agendando eventos até o final do ano. A entidade centenária, fundada em 3 de junho de 1886, mantém os eventos já agendados e conta com uma demanda para novas agendas. A comissão de transição estuda várias propostas para a venda do prédio, que terá o valor mínimo de R$ 8 milhões.
De acordo com o presidente, Roberto Silveira Bandeira, o processo está sendo conduzido com tranquilidade, visto que o clube não tem pendências judiciais. Bandeira comenta que após o anúncio da dissolução, aumentou a procura pelo espaço. “Isso gerou um apelo e as pessoas querem fazer o último evento no prédio”, comenta.
O presidente também enfatiza que a comissão está analisando as propostas e o critério mais forte é o valor oferecido. “Estamos buscando as ofertas que mantenham a preservação do espaço”, destaca. A fachada do clube integra a área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), mas Bandeira ressalta que os fundos do imóvel, com acesso pela avenida Marechal Floriano, pode ser modificado.
O Clube Comercial foi erguido entre 1934 e 1937, com projeto de Carlos Moreira. As dívidas atuais somam mais de R$ 1,5 milhão. Os gastos mensais, considerando as despesas e os valores de parcelamento de pendências, giram em torno de R$ 48 mil. A entidade conta com sete funcionários.
O encerramento das atividades do clube, e posterior venda do complexo, foi apontada como saída, pela atual diretoria, para vencer todas as pendências financeiras que a entidade acumula, principalmente de impostos. O presidente lembrou que a dissolução e venda do patrimônio está prevista no estatuto social.