MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

Minuano Saúde

Um dia e um objetivo: erradicar a pólio

Publicada em 28/10/2019
Um dia e um objetivo: erradicar a pólio | Minuano Saúde | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

por Gabriel Munhoz e Larissa Macedo
Acadêmicos de Jornalismo da Urcamp

A poliomielite, também conhecida como pólio ou paralisia infantil, é uma doença infecciosa viral aguda transmitida de pessoa a pessoa, principalmente pela via fecal-oral. O vírus, geralmente, é contraído pela ingestão de água contaminada, se instalando no sistema nervoso, podendo levar a diversos problemas, desde os mais leves como diarreia, até os mais pesados, como a paralisia, bem como a morte. Embora grandes epidemias de pólio sejam desconhecidas até o final do século XIX, essa foi uma das doenças infantis mais temidas do século XX. Causou deficiências físicas em milhares de pessoas, até mesmo em crianças. Os esforços pela vacinação, apoiados pelo Rotary International, Organização Mundial da Saúde (OMS) e UNICEF, buscam a erradicação global da doença.

Em 24 de outubro foi assinalado o Dia Mundial de Combate à Pólio e, nesta edição, trazemos informações sobre o vírus e a memória de um passado que muitos não viveram.

Histórico

A primeira descrição clínica da pólio foi fornecida pelo médico inglês Michael Underwood, em 1789, na qual ele se referia à doença como uma "debilidade das extremidades inferiores". Anos depois, pesquisas dos médicos Jakob Heine, em 1840, e Karl Oskar Medin, em 1890, levaram-na a ser conhecida como a doença de Heine-Medin. Até que, em 1908, o médico e biólogo Karl Landsteiner descobriu o agente causador do problema, o poliovírus, e, assim, o termo poliomielite foi adotado. Posteriormente, a doença também foi chamada de paralisia infantil, baseado em sua propensão em afetar crianças.
Pequenas epidemias começaram a surgir na Europa e nos Estados Unidos, na década de 1900. Os surtos evoluíram para proporções de pandemia, afetando os continentes da Europa, América do Norte e Oceania durante a primeira metade do século XX. Por volta de 1950, nos Estados Unidos, a idade de maior incidência da poliomielite paralítica mudou para crianças entre os 5 e os 9 anos, período no qual o risco de paralisia é maior. Além disso, a epidemia da pólio, em 1952, transformou-se no pior surto estadunidense da história. Dos aproximadamente 58 mil casos relatados naquele ano, 3.145 originaram a morte e 21.269 paralisia.
Essas epidemias incentivaram a busca do desenvolvimento de uma vacina. Desenvolvidas na década de 1950, as vacinas contra a pólio reduziram o número global de casos da doença de centenas de milhares para menos de mil por ano. Além disso, o caos desse vírus contribuiu para diversas iniciativas de campanhas para arrecadação de fundos, revolucionando a filantropia médica e criando a área moderna da fisioterapia. Em 2008, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que existem cerca de 20 milhões de sobreviventes de pólio no mundo. Em 2019, a doença permanece endêmica em apenas dois países: Paquistão e Afeganistão.

No Brasil

Em 1994, a região das Américas foi a primeira no mundo a ser certificada como livre da pólio. O Brasil recebeu o certificado de eliminação no mesmo ano. O último caso de infecção pelo poliovírus selvagem no país ocorreu em 1989, na cidade de Souza, no estado da Paraíba. A estratégia adotada para a eliminação do vírus foi centrada na realização de campanhas de vacinação em massa. Segundo o Ministério da Saúde, se não fosse a vacina, o Brasil não teria superado um dos maiores desafios de sua saúde pública. Até a erradicação, foram 26.827 casos de poliomielite entre 1968 e 1989. Os anos 70 registraram a maior parte dos casos. Há um pico em 1975, com 3.596 registros. Outro ano com muitos casos foi 1979, com 2.564 infecções.

Campanha End Polio Now

O Rotary é uma comunidade internacional que reúne líderes para superar grandes desafios. A erradicação da pólio constitui uma das iniciativas mais longas e importantes de sua trajetória. As primeiras sementes desse projeto surgiram em 1979, quando James Bomar, então presidente do Rotary Internacional, colocou as primeiras gotas da vacina na boca de uma criança nas Filipinas. Desde então, a campanha já imunizou mais de 2,5 bilhões de crianças contra a paralisia infantil. Isso representa uma redução de 99,9% no número de casos mundiais, em 122 países.

A doutora Cledinara Salazar é coordenadora da campanha do Rotary no distrito 4.780 e comenta sobre a importância da ação para erradicar a doença. "O pensamento que temos que ter, no Brasil, é de que é necessário manter as vacinas em dia. Com a facilidade de locomoção das pessoas, também fica fácil a locomoção dos vírus. Se alguém traz o vírus para um grupo não vacinado, como aconteceu com o sarampo, o grupo irá se infectar, e aí a doença retorna e se espalha", explica a médica.
O sucesso do projeto levou o Rotary a tornar a erradicação da pólio uma prioridade. Desde então, todos os anos, milhares de Rotary Clubs realizam ações e campanhas de arrecadação para rememorar o progresso global na luta contra a paralisia infantil.
No último ano, foi realizado, pelo Interact Club de Dom Pedrito Ponche Verde, um pedágio com o objetivo de alcançar fundos para a ação. O clube ultrapassou o valor de R$ 5 mil. Segundo a interactiana Luísa Felice, essa foi a maior doação para a fundação rotária entre todos os Interact e Rotaract Clubs do Distrito. "Acredito que quem é de fora não entende a imensidade desta campanha para nós, pois somos jovens de 12 a 18 anos, que estamos ajudando a erradicar uma doença tão séria quanto a poliomielite e o fato de estarmos cientes da situação com certeza já é algo de tamanha diferença para a sociedade", conta a estudante de 15 anos que é responsável pela subcomissão distrital da campanha.

Vacinação

A vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser imunizadas, conforme esquema de vacina de rotina e na campanha nacional anual. Cledinara relata que existem muitas notícias falsas a respeito da vacinação que são altamente prejudiciais. "As vacinas fizeram uma mudança radical nas doenças infectocontagiosas no mundo. Muitas que matavam, hoje não matam mais por causa da vacinação", afirma a pediatra.
Com base em diretrizes criadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil realiza campanhas de prevenção de doenças virais anualmente e uma delas é da vacina contra poliomielite. Contudo, é importante que a criança receba as doses da vacina pontualmente, como consta na caderneta e que continue com as aplicações de reforço na fase adulta, principalmente em casos de viagens para países onde a enfermidade ainda é endêmica, como em algumas partes da Ásia.

Informações

É importante manter as crianças vacinadas, então, se seu filho estiver com a vacina da pólio vencida, procure o posto de saúde mais próximo e se informe para receber a dose.

Galeria de Imagens
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br