MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

Cidade

Outubro Rosa encerra, mas conscientização continua

Publicada em 31/10/2019
Outubro Rosa encerra, mas conscientização continua | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
"É preciso a aceitação", diz Sulema Martins, de 90 anos, após enfrentar dois tipos de câncer

por Nadine Posqui
Acadêmica de Jornalismo da Urcamp

O mês está terminando e com ele o Outubro Rosa, campanha lembrada e conhecida mundialmente por alertar a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Nesse período, diversas instituições abordam o tema e iluminam seus locais com a cor rosa, destacando a relevância desse assunto.

O câncer de mama é, hoje, um relevante problema de saúde pública. Trata-se de uma multiplicação desordenada de células da mama, gerando células anormais que, após se multiplicarem, formam um tumor. Depois do câncer de pele não melanoma, essa é a doença que mais afeta mulheres no Brasil e no mundo. É importante ressaltar que a enfermidade também acomete homens, porém é raro, sendo apenas 1% do total de casos.

Embora a idade seja um dos fatores mais importantes de risco para a doença, sendo mais frequentes em mulheres acima dos 50 anos, outros aspectos podem aumentar seu risco. Entre os fatores ambientais e comportamentais, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) destaca a obesidade e o sobrepeso após a menopausa, o sedentarismo e a falta de atividade física e consumo de bebida alcoólica. Nos fatores de história reprodutiva e hormonal, destacam-se aquelas mulheres que tiveram a primeira menstruação antes dos 12 anos de idade, não ter tido filhos, ter a primeira gravidez após os 30 anos e utilizar contraceptivos hormonais. Já entre os fatores genéticos e hereditários, estão o histórico de câncer de ovário e de mama na família, principalmente antes dos 50 anos.

Os bons hábitos de vida são extremamente importantes na prevenção da doença. Cerca de 30% dos casos poderiam ser evitados caso fossem adotados hábitos saudáveis: a prática de atividade física, o cuidado com uma alimentação saudável, manter o peso corporal adequado, evitar o uso de bebidas alcoólicas e o uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal.

Tratamento

O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra e do tipo de tumor. Muitos avanços vêm ocorrendo nas últimas décadas, podendo ser realizada cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. Quando diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a doença já ter se espalhado para outros órgãos (metástase), busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida da mulher.

Em Bagé, existem locais responsáveis para que sejam realizados o diagnóstico e o tratamento do câncer. No Centro Integrado de Oncologia (CION), são realizadas as consultas com o médico, os exames e a cirurgia, quando necessária. De acordo com a enfermeira responsável do local, Luciana Etchegaray Correa, existem em média 60 pacientes mensais que fazem as consultas. Além disso, há o grupo de musicoterapia, em que as mulheres participam, nas sextas-feiras, de encontros com música. "Isso ajuda na autoestima delas e na interação com o tratamento. Os resultados são extremamente válidos. Na verdade, todas as terapias alternativas agregam muito ao tratamento", destaca Luciana.

Além disso, o CION oferece um suporte psicológico do início e após o tratamento, além de oferecer fisioterapia pós cirúrgica. "Depois de curadas, o acompanhamento continua por pelo menos cinco anos, podendo utilizar de todos os serviços disponibilizados", finaliza a enfermeira.

A aposentada Sulema Martins, de 90 anos, enfrentou dois tipos de câncer ao longo de sua vida. O primeiro, no intestino, em 2005. Após um mês e meio de tratamento com radioterapia, a doença foi considerada curada. Porém, em 2013, uma suspeita de câncer de mama surgiu, e o diagnóstico foi dado em um estágio já avançado da doença. Imediatamente após a descoberta, a aposentada foi para a mesa de cirurgia, onde foi realizada a mastectomia na mama que estava comprometida. Logo após, as sessões de quimioterapia iniciaram. "Foi mais de um mês fazendo o tratamento todos os dias", relembra Sulema.

Na época, enquanto ainda estava em tratamento, começou a participar do grupo de musicoterapia, no qual faz parte até hoje. O grupo é organizado por Ana Maria Delabary. A aposentada acredita que esse tipo de terapia é uma atividade que dá mais força de vontade para continuar o tratamento e enfrentar a doença. "A gente sai bem dali, as energias se renovam com as conversas e brincadeiras. Eu já vi muitas mulheres que chegaram abaladas com a doença se recuperarem com a ajuda dessas atividades. Dá ânimo para viver e continuar o processo de cura", ressalta.

Ela é a mais idosa do grupo, e conta, animada, que mesmo passando por esse problema, não se deixou abalar. "Algumas mulheres ficam muito tristes, se abalam muito com o câncer. Depois de passar por dois, continuei vivendo bem e forte, mesmo agora, com 90 anos. Quando a gente se atira com a doença, a gente se entrega e é aí que o problema toma conta. É preciso a aceitação, e se a pessoa aceita bem, tudo vai para a frente. Mas se não aceitar, a doença tende a piorar cada vez mais", finaliza.

 

Prestar atenção nos sintomas ajuda no diagnóstico

O câncer de mama pode ser percebido ainda nas fases iniciais. Dentre os sintomas, estão os nódulos (caroços), fixos e geralmente indolores. Ter a pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja, perceber alterações no mamilo, pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço e a saída anormal de líquido pelos mamilos, também são sinais de alerta.

É extremamente importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal, como no banho ou em momentos de troca de roupa, por exemplo. Uma postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas é fundamental para a detecção precoce do câncer de mama.

Galeria de Imagens
Leia também em Cidade
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br