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Sicredi premia projetos vencedores da 1ª edição do Startup UTech-I Academic da Urcamp

Publicada em 02/11/2019
Sicredi premia projetos vencedores da 1ª edição do Startup UTech-I Academic da Urcamp | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Idealizadoras do aplicativo Realiza, projeto vencedor da imersão, junto ao diretor executivo do Sicredi, Juliano Oliveira, e da reitora da Urcamp e presidente da Fundação Attila Taborda, Lia Maria Herzer Quintana

Com sucesso de público e participação, o Conexão Utech-I encerrou na noite de quinta-feira em festa no campus central da Urcamp. Um dos destaques da programação da última noite do evento foi a premiação da primeira edição do projeto Startup Utech-I Academic, imersão de 24 horas para criação de tecnologia para soluções de desafios propostos pela equipe organizadora.
Idealizador e coordenador do evento, o presidente da Consultoria Jesus Guilherme Moreles explica que a ideia surgiu, ainda em outubro, quando participou de uma imersão de startups em Novo Hamburgo. Ao voltar para Bagé, trouxe a ideia e propôs aplicá-la na Urcamp. Em duas semanas, a Consultoria Jr. conseguiu os patrocinadores e mentores para conduzir o projeto.
Os 42 alunos participantes foram divididos em nove grupos e orientados por 11 mentores. Ao todo, foram 24 horas de imersão, com o tema “Desenvolvimento Regional Sustentável”. Dentro desse eixo temático, foram propostos quatro desafios e cada um dos nove grupos de participantes deveria apresentar soluções inovadoras para, no mínimo, um deles. Os desafios propostos foram: Geração de postos de trabalho e renda; Atração de novos investimentos; Abertura, estruturação e expansão de negócios; Fortalecimento dos empreendimentos coletivos.
Moreles destaca que a movimentação em busca de um novo panorama para fomento de novas ideias e tecnologias torna o ambiente ideal para eventos como o Utech-I Academic. “E agora, com o lançamento da incubadora de startups da Urcamp, esses projetos têm ainda mais potencial para sair do papel”, diz.
Nesta primeira edição foram mentores Ana Nunes Vieira Lacerda, Elizabeth Drumm, Fernando Fagonde, Maria Elaine de Leon, Sharon Soares, Helena Assumpção, Mariel Moreira, Fabiane Caillava, Vera Bortolini, Cíntia Lima Ambrósio e Rolila Caetano.
Os apoiadores do evento foram Banrisul, GBI Combustíveis, Eletroágua, Mor Comunicação Visual, Alternet, RSA E-Commercy, Animais, Padaria Real, Tterrasul, Olimac, Associação Brasileira de Angus, Metta, Imperial, Departamento de Água, Arroios e Esgotos (Daeb), Senai, Sicredi, Credies, Floricultura Natureza, Pinheirão Materiais de Construção e Amakha Paris.

Premiação inesperada
Os componentes dos nove grupos participantes conheceram os dois projetos que mais se destacaram durante a cerimônia de premiação, que aconteceu no Salão de Atos da instituição de ensino. E para surpresa geral, além do reconhecimento ao trabalho e às ideias dos acadêmicos durante a imersão, os dois grupos vencedores foram premiados com valores como ‘pontapé inicial” para colocar o projeto em prática. O prêmio foi uma surpresa destinada pelo Sicredi, que repassou R$ 1 mil para o segundo projeto mais destacado e R$ 2 mil para o grupo que ganhou a primeira posição, além de uma reunião com um investidor anjo, interessado no aplicativo criado pelo grupo. Além disso, todos os nove grupos ganharam, cada um, um valor de R$ 300 investidos na instituição financeira para também trabalhar em cima dos projetos desenvolvidos durante o evento.
O primeiro lugar foi destinado ao grupo Realiza, composta pelas acadêmicas Suélen Machado, Farmácia, 2º semestre; Larissa Moreira, Psicologia, 2º semestre; Janaína Barbosa, Medicina Veterinária, 9º semestre; Natália Castro, Enfermagem, 8° semestre.
Ainda surpresas com a premiação, as quatro contam que antes da imersão sequer se conheciam. Mas as 24 horas de trabalho conjunto estreitou os laços e afinou os pensamentos para idealização do aplicativo Realiza, que busca cadastrar prestadores de serviços e potenciais clientes, centralizando a oferta e demanda de profissionais liberais de todos os segmentos.
Um dos destaques do aplicativo é levar em conta características primordiais da região, que se destaca pela grande força do setor primário. “Então, além dos serviços variados mais comuns, como hidráulica e elétrica, também pensamos em abrir espaço para trabalhadores do meio rural, tão necessários em uma região onde a agropecuária é a base da economia, como alambradores, esquiladores e representantes de implementos agrícolas”, explica Janaína.
Sobre a reunião com o “investidor anjo” e a possibilidade de tirar o projeto do papel e torná-lo aplicável, Natália destaca: “Estamos em choque, precisamos cair na real ainda. Nosso maior prêmio foi agregar todo esse conhecimento, mas ficamos muito felizes em saber que nosso projeto pode se tornar real, valorizar a mão de obra local e ajudar no desenvolvimento regional”, destaca.
Já o grupo que desenvolveu o projeto premiado em segundo lugar, “Tecnologia Setorial Integrada”, foi composto pelos acadêmicos Rafael Lara, Administração, 1º semestre; Guilherme da Silva Silveira, Administração, 1º semestre; Gabriel Silveira, 6º semestre, Psicologia; Felipe Loyola, Sistemas de Informação, 2º semestre.
Lara explica que a startup do grupo prevê a integração de setores da sociedade que tenham infraestrutura para possibilitar produto final em comum, seja ele produto ou serviço. Como exemplo, ele cita o projeto Reforma Solidária, em que a parceria entre prefeitura, empresa e universidade, promovem a reforma da casa de uma pessoa necessitada. “Unimos todas as partes: a universidade e prefeitura, que tem mão de obra técnica, a empresa interessada em doar materiais, e o grupo de voluntários para fazer acontecer o produto final, neste caso a reforma da casa”, explica.

“Nossa missão é atuar em prol do desenvolvimento da região”, destaca diretor executivo do Sicredi
A premiação surpresa foi entregue pelo diretor executivo do Sicredi Fronteira Sul, Juliano Oliveira, aos vencedores. Ele destaca que a ideia surgiu como forma de mobilizar novos atores em prol do desenvolvimento regional, que é a principal missão da cooperativa. “Entendemos que desenvolvendo as pessoas, a região se desenvolve também, e, por consequência, os dois crescem juntos”, destaca.
Ele destaca que o convite para participação na imersão foi importante para que pudesse ver os projetos sendo construídos de forma orgânica, apenas com o intuito de buscar o desenvolvimento da região, sem que os componentes soubessem que o reforço seria recompensado com valores e oportunidades disponibilizadas pela cooperativa. “Quando há um incentivo em dinheiro, a ideia pode se desvirtuar e a proposta pode ter o prêmio como objetivo final. Então nossa premissa foi anunciar a premiação somente ao término do evento e, assim, pudemos observar todo o desenvolvimento deles, as escolhas que fizeram por vontade própria”, relata.
Além disso, o aporte inicial de R$ 300 para os nove grupos envolvidos na imersão foi definido por ele como o “início de um vínculo dos empreendedores com uma instituição que cuida e desenvolve a região, para que possam, a partir disso, capitanear seus projetos, aprendendo como gerenciar e lidar com os valores disponíveis. Eles empreenderam, criaram um negócio que pode ser a sustentação financeira da vida deles, basta ter persistência e consistência nessa ideia que surgiu”, aponta Oliveira.
A reitora da Urcamp e presidente da Fundação Attila Taborda, Lia Maria Herzer Quintana, destaca que em um momento em que a Urcamp busca ampliar o panorama de ferramentas para o desenvolvimento regional, como através do lançamento da incubadora de startups, o evento é um "incentivo à inovação e empreendedorismo e o Sicredi entrou como um grande parceiro, com a premiação de todos os envolvidos".

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