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Diocese Sul Ocidental da Igreja Episcopal Anglicana atualiza cânones e aprova casamento igualitário

Publicada em 04/11/2019
Diocese Sul Ocidental da Igreja Episcopal Anglicana atualiza cânones e aprova casamento igualitário | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foram 64 votos a favor e sete contra

A Diocese Sul Ocidental da Igreja Episcopal Anglicana votou e decidiu: a partir de agora, casais homoafetivos poderão solicitar a bênção religiosa para casamentos igualitários (entre pessoas do mesmo sexo). A decisão foi anunciada durante o 67º Concílio, que aconteceu neste final de semana, na Matriz do Crucificado, em Bagé. O evento reuniu dezenas de representantes de pastorais e missões de toda diocese, que engloba parte do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
A atividade foi presidida pelo bispo Francisco de Assis da Silva, responsável pela diocese. Ele conta que o concílio acontece a cada dois anos e tem caráter legislativo e administrativo, onde são apreciados relatórios e elaboradas ações para tornar mais efetivo o trabalho da igreja. Um dos objetivos deste encontro, em específico, é a adequação do estatuto da igreja ao Código Civil. "A lei é sempre muito dinâmica e o estatuto é muito antigo. Como ele que dá a personalidade jurídica à diocese, já está na hora de ser reformado. Vamos revisá-lo e atualizá-lo conforme as normas da legislação civil", explica.
Outro ponto colocado, na pauta reformista da atividade, são os cânones, que servem como regras internas da igreja. Uma das questões abordadas diz respeito ao casamento igualitário. "Os tempos mudam, os valores e as perspectivas culturais mudam. Então, precisamos sempre atualizar os cânones para que estejam adequados ao contexto em que estão inseridos", pondera.
O bispo relembra que era o primaz da igreja provincial quando o casamento igualitário foi aprovado, em 2018, após mais de duas décadas de debate e destaca que, apesar da igreja nacional ter aprovado a possibilidade de realização dos casamentos, a decisão cabe a cada diocese. Assim, o tema entrou em debate em todas as nove dioceses espalhadas pelo território nacional.
Na tarde de sábado, foi a vez da diocese Sul Ocidental, que se declarou apta a votação, e o tema foi posto em pauta. A aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo foi aprovado com esmagadora maioria. Dos 73 delegados que participaram do concílio, 64 votaram a favor e sete contra. O processo registrou duas abstenções.
Dom Francisco explica que mesmo com a aprovação, o clérigo pode se abster de realizar o casamento igualitário, justificado pelo Direito de Consciência, mas tem a obrigação moral de encaminhar o casal para outro clérigo da diocese que celebre o matrimônio.
O bispo aponta que a igreja episcopal é a primeira das instituições religiosas históricas a tomar a decisão. "Nossa decisão é embasada por essa abertura e compreensão pastoral, para que pessoas que têm orientação sexual distinta da normatividade heterossexual sejam acolhidas e tenham seus direitos respeitados. Estamos procurando fazer o que o Evangelho nos manda, que é acolher a todos, independente de cor, raça, orientação sexual e condição cultural", pondera.
De posse de um discurso com tons progressistas, o bispo declara que não cabe espaço para julgamentos acerca de questões estritamente pessoais de cada indivíduo. "Se há amor em uma relação, não se pode julgar o comportamento sexual de uma pessoa. A visão da homossexualidade, de que é pecado, foi construída historicamente. Precisamos quebrar esses preconceitos com amor e carinho, para que as pessoas encontrem sua forma de ser sem medo de sofrer com estigmas. A sociedade só tem a ganhar com isso", avalia.

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